Cidade na Itália proíbe venda de objetos com 'cara de máfia'

PALERMO, 23 AGO (ANSA) - A Prefeitura de Agrigento, no sul da Itália, proibiu a comercialização de souvenirs turísticos e quaisquer objetos que façam referência à máfia e ao crime organizado.   

A decisão, tomada pelo prefeito da cidade, Francesco Miccichè, será fiscalizada pela polícia local e passível de multa aos estabelecimentos que não cumprirem a medida.   

Segundo o político italiano, "a venda de tais produtos no território de Agrigento mortifica a comunidade local, que há anos se empenha na divulgação da cultura da legalidade", tendo em vista que o município é famoso por abrigar o Parque Arqueológico Vale dos Templos, tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade.   

Na rua Atenea, no centro da cidade, diversas lojas exibiam nas vitrines objetos que exaltavam o estereótipo do siciliano mafioso e de sua família: com boina, roupas pretas e lupara, um tipo de arma. Em muitos, a descrição em dialeto local "u mafiusu", ou "mafioso", completava o material.   

A Cosa Nostra é um dos principais grupos criminosos da Sicília e da Itália, que ganhou renome internacional após a atuação de alguns de seus membros nos Estados Unidos. O filme americano "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo de Mario Puzo, é um dos maiores sucessos do cinema a retratar a máfia siciliana na ficção.   

A justiça da Itália tem combatido há décadas a atuação de criminosos no país, levando muitos a prisão, como Matteo Messina Denaro, chefe da Cosa Nostra. O poderoso líder da organização siciliana foi preso em janeiro de 2023, após quase 30 anos foragido, mas faleceu em setembro do mesmo ano. (ANSA).   

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