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Meloni diz que viajará ao Líbano e critica ataques de Israel

ANSA, de Roma

15/10/2024 07h25

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou nesta terça-feira (15) que viajará ao Líbano e disse que os ataques de Israel contra a Força Interina das Nações Unidas no país árabe (Unifil) são "injustificáveis".

Em discurso no Parlamento em vista da reunião dos líderes dos países da União Europeia no fim desta semana, a premiê exigiu garantias de segurança para os soldados da Unifil, que conta com mais de mil militares italianos.

"Ainda que não haja vítimas ou danos graves, acho que não é aceitável", afirmou Meloni em relação aos ataques israelenses contra bases da força da ONU no sul do Líbano.

"A postura das forças israelenses é totalmente injustificável e uma clara violação da resolução 1701 da ONU [aprovada em 2006 para encerrar hostilidades no Líbano]", acrescentou a primeira-ministra.

A líder italiana ainda destacou que "não se pode ignorar a violação da mesma resolução" pelo grupo xiita Hezbollah, que "operou para militarizar a área de competência da Unifil".

Ao ser questionada por jornalistas na saída da Câmara dos Deputados se viajaria ao país árabe, Meloni respondeu que "sim", mas sem fixar datas.

De acordo com a primeira-ministra, Israel tem o direito de "viver em paz e segurança", mas respeitando o "direito internacional humanitário", enquanto a situação na Faixa de Gaza, palco de um ano de guerra contra o Hamas, é "cada vez mais preocupante".

Por outro lado, Meloni declarou que justificar atos do grupo palestino e do Hezbollah é sinal de "antissemitismo".

"Precisamos romper esse ciclo de violência e ser unânimes em convidar com decisão todas as partes a se empenhar de maneira construtiva para aliviar a tensão", salientou.

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