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Policial do Zimbábue é preso por usar banheiro do presidente

30/05/2011 11h14

Um policial do Zimbábue foi preso no início do mês acusado de usar um banheiro reservado apenas para o presidente, Robert Mugabe.

O sargento Alois Mabhunu trabalhava em uma feira anual de Comércio Internacional do Zimbábue, na cidade de Bulawayo, no oeste do país.

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  • Arte UOL

Segundo o site da rádio Voice of People (VOP), do Zimbábue, Mabhunu foi preso no dia 7 de maio, um dia depois do incidente. O detetive do setor de homicídios estava trabalhando na abertura oficial da feira em Bulawayo.

O presidente do banco africano Afreximbank, Jean Louis Ekra, e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, também participavam da cerimônia.

"Mabhunu, devido ao chamado da natureza, correu para os banheiros reservados para Mugabe e seu convidado, Ekra, mas foi parado por outros oficiais que guardavam os banheiros", informou o site da rádio VOP.

"Sob intensa pressão do chamado da natureza, o oficial abriu caminho e conseguiu se aliviar."

Mas, Mabhunu foi preso no dia seguinte, depois de uma denúncia para os responsáveis pela segurança de Mugabe e comandantes da polícia na cidade, sob suspeita de invadir o banheiro do presidente.

O policial está detido em um quartel nos arredores de Bulawayo e a rádio VOP entrou em contato com um porta-voz da polícia de Bulawayo, mas o porta-voz, Mandlenkosi Moyo disse à rádio que "é um assunto interno".

Segundo a rádio VOP, Mabhunu está sendo julgado nesta segunda-feira.

Segundo o site de notícias New Zimbabwe, a advogada defensora dos direitos humanos Beatrice Mtetwa perguntou por qual crime o policial foi acusado.

"Precisa haver uma lei dizendo que o banheiro é do presidente, mas este era um banheiro público. Eles precisavam ter divulgado uma proclamação no jornal do governo especificando isto. Aposto que eles não fizeram isto", disse a advogada.

Em todos os lugares que vai, Mugabe, de 87 anos, é protegido por grandes esquadrões da polícia secreta e por soldados.

Vários motoristas que cruzaram o caminho do comboio presidencial teriam sido atacados pelos seguranças de Mugabe, por exemplo.