Em dia frio em Aparecida, papa ataca 'idolos passageiros' dos jovens
Sob frio intenso e chuva, e diante de pessoas que passaram até 12 horas acordadas para ve-lo de perto, o papa Francisco celebrou nesta quarta-feira sua missa em Aparecida (SP), em seu terceiro dia de visita ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude.
"Gostaria de chamar a atenção para três simples posturas: conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria", disse o papa diante de 15 mil pessoas dentro da Basílica de Nossa Senhora - sendo 3 mil autoridades religiosas e politicas e 12 mil fiéis.
Boa parte do discurso foi dedicada aos jovens, que "experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer", prosseguiu o pontífice.
"Frequentemente uma sensação de solidão e vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações destes ídolos passageiros. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor. Eles são um motor potente para a Igreja e a sociedade."
Francisco chegou a Aparecida de helicóptero, cercado por um forte esquema de segurança, feito por 5 mil homens do Exercito e da policia.
Foi recebido pelo governador paulista, Geraldo Alckmin, e levado de papamóvel até a Basílica, onde foi ovacionado pelo público - que, estimado em 150 mil pessoas, não chegou a lotar as cadeiras de plástico colocadas diante de telões no santuário.
O papa rezou a missa e, em seguida, foi à tribuna da Basílica para abençoar os fiéis que assistiam do lado de fora. Ali falou em espanhol, pedindo desculpas por "não falar brasileiro".
"Obrigado por estarem aqui, de todo o meu coração", disse, ovacionado pelo público. " Peço um favor: rezem por mim, que eu preciso."
Espera
A publicitária paulistana Wanda Lima, de 44 anos, conseguiu assistir à missa dentro da Basílica, "praticamente ao lado do papa" - mas isso depois de passar 12 horas formando fila nos arredores do santuário, sob frio intenso (a previsão era de que as temperaturas em Aparecida baixassem a 7 graus durante a madrugada).
Ela e 12 mil pessoas receberam, por ordem de chegada, pulseirinhas que deram direito à entrada na Basílica, que ficou completamente cercada por tapumes e integrantes da policia e do Exército.
"Passamos a noite inteira cantando, orando. Já havia feito isso para ver o papa Bento 16 em São Paulo e faria tudo de novo."
Mas nem todos tiveram a mesma sorte, mesmo após horas de espera sob a garoa constante.
Evanice da Silva Ferrari, de 65 anos, de Campinas (SP), disse que implorou para conseguir a pulseirinha e ficou espremida pela multidão que tentava entrar na igreja, mas só o que conseguiu foi assistir à missa sob a chuva, em uma cadeira diante da Basilica.
"Estou completamente molhada. Mas estou satisfeita. Sei que nem ficar doente eu vou. Quando vem um servo de Deus, a sensação é a de que estamos mais perto de Deus", justificou a fiel à BBC Brasil.
O casal Luciana e Eugeny Correia, que veio com a amiga Elisangela Faria de Volta Redonda (RJ), também estava ensopado ao conversar com a reportagem. Não chegaram a tentar entrar na Basílica, "porque a fila dava a volta na igreja inteira", mas passaram a noite acampados diante dos detectores de metais colocados na frente da tribuna, para conseguir ver o papa de perto.
Eles receberam dez avisos de policiais para deixarem o local, mas acabaram ficando.
"É que cada um falava uma coisa, ninguém sabia informar onde a gente deveria esperar. A segurança foi boa, mas faltou orientação. Teve gente que chegou antes de nós e acabou ficando la atrás", argumentam.
Mas também acreditam que o esforço valeu a pena.
"(A mensagem do papa) dá muito vigor", diz Luciana, de 32 anos. "E ele é muito simpático, muito simples."
Depois da missa e da benção, o papa circulou no papamóvel por Aparecida e seguiu para um almoço com a comitiva papal, bispos e seminaristas no Seminario Bom Jesus, na cidade.
Em seguida, ele voltou passar pelas ruas da cidade até chegar ao aeroporto para regressar ao Rio de Janeiro, para o restante da programação da Jornada Mundial da Juventude.
"Gostaria de chamar a atenção para três simples posturas: conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria", disse o papa diante de 15 mil pessoas dentro da Basílica de Nossa Senhora - sendo 3 mil autoridades religiosas e politicas e 12 mil fiéis.
Boa parte do discurso foi dedicada aos jovens, que "experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer", prosseguiu o pontífice.
"Frequentemente uma sensação de solidão e vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações destes ídolos passageiros. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor. Eles são um motor potente para a Igreja e a sociedade."
Francisco chegou a Aparecida de helicóptero, cercado por um forte esquema de segurança, feito por 5 mil homens do Exercito e da policia.
Foi recebido pelo governador paulista, Geraldo Alckmin, e levado de papamóvel até a Basílica, onde foi ovacionado pelo público - que, estimado em 150 mil pessoas, não chegou a lotar as cadeiras de plástico colocadas diante de telões no santuário.
O papa rezou a missa e, em seguida, foi à tribuna da Basílica para abençoar os fiéis que assistiam do lado de fora. Ali falou em espanhol, pedindo desculpas por "não falar brasileiro".
"Obrigado por estarem aqui, de todo o meu coração", disse, ovacionado pelo público. " Peço um favor: rezem por mim, que eu preciso."
Espera
A publicitária paulistana Wanda Lima, de 44 anos, conseguiu assistir à missa dentro da Basílica, "praticamente ao lado do papa" - mas isso depois de passar 12 horas formando fila nos arredores do santuário, sob frio intenso (a previsão era de que as temperaturas em Aparecida baixassem a 7 graus durante a madrugada).
Ela e 12 mil pessoas receberam, por ordem de chegada, pulseirinhas que deram direito à entrada na Basílica, que ficou completamente cercada por tapumes e integrantes da policia e do Exército.
"Passamos a noite inteira cantando, orando. Já havia feito isso para ver o papa Bento 16 em São Paulo e faria tudo de novo."
Mas nem todos tiveram a mesma sorte, mesmo após horas de espera sob a garoa constante.
Evanice da Silva Ferrari, de 65 anos, de Campinas (SP), disse que implorou para conseguir a pulseirinha e ficou espremida pela multidão que tentava entrar na igreja, mas só o que conseguiu foi assistir à missa sob a chuva, em uma cadeira diante da Basilica.
"Estou completamente molhada. Mas estou satisfeita. Sei que nem ficar doente eu vou. Quando vem um servo de Deus, a sensação é a de que estamos mais perto de Deus", justificou a fiel à BBC Brasil.
O casal Luciana e Eugeny Correia, que veio com a amiga Elisangela Faria de Volta Redonda (RJ), também estava ensopado ao conversar com a reportagem. Não chegaram a tentar entrar na Basílica, "porque a fila dava a volta na igreja inteira", mas passaram a noite acampados diante dos detectores de metais colocados na frente da tribuna, para conseguir ver o papa de perto.
Eles receberam dez avisos de policiais para deixarem o local, mas acabaram ficando.
"É que cada um falava uma coisa, ninguém sabia informar onde a gente deveria esperar. A segurança foi boa, mas faltou orientação. Teve gente que chegou antes de nós e acabou ficando la atrás", argumentam.
Mas também acreditam que o esforço valeu a pena.
"(A mensagem do papa) dá muito vigor", diz Luciana, de 32 anos. "E ele é muito simpático, muito simples."
Depois da missa e da benção, o papa circulou no papamóvel por Aparecida e seguiu para um almoço com a comitiva papal, bispos e seminaristas no Seminario Bom Jesus, na cidade.
Em seguida, ele voltou passar pelas ruas da cidade até chegar ao aeroporto para regressar ao Rio de Janeiro, para o restante da programação da Jornada Mundial da Juventude.
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