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Manifestantes pró-Dilma vão às ruas contra o impeachment em várias cidades do Brasil

31/03/2016 17h11

Grupos contra o impeachment de Dilma Rousseff foram às ruas em diversas cidades do país nesta quinta-feira, convocados por movimentos sociais e centrais sindicais.

Em cidades como São Paulo, Rio, Brasília, Teresina e Maceió, manifestantes deram início a marchas, carregando faixas do PT, balões da CUT (Central Única dos Trabalhadores), bandeiras do Brasil e gritando frases como "Não vai ter golpe". Também houve atos no início da tarde em algumas cidades.

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Em São Paulo, o protesto ocorre na Praça da Sé, centro da cidade, desde as 17h. Ruas ao redor da praça foram tomadas por manifestantes - muitos carregando cartazes dos movimentos sociais, estudantis e de sindicatos de diversas categorias, além de balões da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Diante da catedral, lideranças sindicais discursavam em carros de som, e há um forte policiamento.

A pedagoga Neuma Silva, de 63 anos, contou ao repórter da BBC Brasil Rafael Barifouse que participa do protesto para que "1964 não se repita".

"Não podemos perder a democracia e o país que conquistamos com tanta luta. Não somos partidários. Mas tenho sim muito orgulho de ser presidida por ela, uma mulher. Ela não está envolvida em corrupção. A Justiça está punindo só um lado. Tem que punir a todos", disse.

Jornada de protestos

Em Brasília, a concentração do protesto foi no Estádio Mané Garrincha. De lá, os manifestantes se dirigiam até o Congresso Nacional. Em Recife, muitos manifestantes também começaram a ocupar o centro da cidade.

No Rio, os grupos se reuniram no Largo da Carioca, no centro da cidade. Os manifestantes majoritariamente usavam camisetas vermelhas e gritava palavras de ordem a favor do governo.

Muitos grupos também carregavam faixas com dizeres de defesa à democracia e contra o que consideram golpe. No início da tarde, houve uma outra manifestação pró-governo na Praça 15.

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A jornada de protestos desta quinta-feira tem, até o início da noite, dimensão menor em comparação à última grande manifestação pró-governo, em 18 de março, quando centenas de milhares de pessoas se reuniram várias cidades brasileiras dos 26 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, em São Paulo, a Paulista foi tomada, e o protesto teve a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.