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Trump propõe adiar eleições presidenciais americanas

Trump, de máscara, em visita a centro médico militar em Maryland - REUTERS/Tasos Katopodis
Trump, de máscara, em visita a centro médico militar em Maryland Imagem: REUTERS/Tasos Katopodis

30/07/2020 10h42Atualizada em 30/07/2020 10h54

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs hoje o adiamento das eleições deste ano no país, que serão realizadas em novembro.

Trump sugeriu o adiamento para que as pessoas possam votar de forma "apropriada e segura".

Há anos, Trump critica a possibilidade de se votar por correio nos Estados Unidos, algo que ele diz que dá margens para fraudes eleitorais. Mas não há indícios de que isso possa acontecer.

Estados americanos estão tentando facilitar as regras para votação por correio devido às preocupações com o coronavírus.

O adiamento vem sendo cogitado desde março, quando a pandemia de coronavírus começou a atingir o país com força.

A discussão estava circunscrita a acadêmicos e políticos de Washington, mas o debate não havia sido encampado por nenhum nome de peso até agora.

Seria a primeira vez que isso aconteceria na história dos Estados Unidos. Nem a epidemia de gripe espanhola de 1918, nem a guerra civil, nos anos 1860, levaram a uma mudança na data.

Trump alega a possibilidade de haver fraude em votos por correio, apesar de não apresentar indícios concretos.

A votação por correio é uma das principais mudanças que vem sendo ampliada por alguns Estados para manter a eleição e sua data sem colocar em risco a saúde da população.

Esse tipo de voto gratuito por correio não é universal no país.

Hoje, isso já acontece no Estado de Oregon, por exemplo. Desde 1998, eleitores de lá recebem uma cédula e devem preenchê-la e depositá-la em uma das urnas espalhadas pelas ruas da cidade, que mais tarde serão recolhidas pelos correios.

O sistema é altamente popular: mais de 80% dos eleitores o aprovam, em diferentes pesquisas de opinião, e desde que foi implantado, o voto por carta reduziu o absenteísmo. Por outro lado, críticos argumentam que o modelo é um convite para a fraude, já que ninguém verifica a identidade de quem está depositando as cédulas nas urnas.