A economia real das periferias no Ano-Novo movimenta seu ecossistema
A chegada de um novo ano sempre vem acompanhada de festa, reflexão e recomeço. Nas periferias, esse período ganha ainda mais força: é a época em que o mercado interno volta a bombar, puxado pelas demandas que surgem junto com a virada do calendário. Seja na compra de material escolar para a garotada, nas pequenas reformas de casa, na compra de móveis e eletrodomésticos ou até nas viagens curtinhas para curtir o descanso, as comunidades mostram que estão prontas para movimentar a economia local.
Quando janeiro chega, muitas famílias usam o fim das festas de fim de ano para se organizar. Material escolar é prioridade: cadernos, livros, mochilas — tudo isso movimenta papelarias e comércios de bairro, além de vendedores que correm atrás para oferecer bons preços. Nessa hora, a proximidade faz diferença: poder comprar na lojinha da tia ou na banca da esquina, sem precisar sair do bairro, facilita muito e dá aquela força para o comércio local.
Reformas e construções também costumam acontecer no começo do ano. Com o décimo terceiro ainda fresco no bolso ou outros recursos extras, muita gente aproveita para dar aquela ajeitada na casa. Os pequenos comércios de material de construção vendem mais, pedreiros e marceneiros da própria região encontram mais trabalho e, assim, a renda circula dentro da comunidade.
Outra movimentação forte nessa época é a compra de móveis e eletrodomésticos. Seja para mobiliar a casa nova ou dar uma repaginada na sala ou no quarto, muitas famílias investem em itens que vão trazer mais conforto para o lar. Quem vende esses produtos — desde grandes lojas até estabelecimentos menores — sente o aumento nas vendas logo no início do ano, reforçando o quanto a periferia é um mercado relevante.
Quando a gente fala em lazer, não é diferente. Muita gente tira férias, viaja para perto — seja para a praia ou para visitar a família em outro lugar — e contrata serviços de transporte e hospedagem que cabem no bolso. Até quem fica no bairro encontra opções de lazer, como eventos, quadras de esportes, rodas de samba ou encontros culturais, reforçando que dá para se divertir sem sair de casa.
As festividades continuam impulsionando o consumo. Entre aniversários, casamentos ou simples reuniões de amigos, o povo não deixa de celebrar. O que dá o tom é a criatividade: com poucos recursos, mas muita imaginação, as pessoas improvisam festas com beleza, diversão e aquele clima acolhedor que só a quebrada tem.
No fim das contas, esse movimento de aquecer o mercado interno vai muito além do simples ato de comprar ou vender. Cada negócio fechado, cada serviço contratado, cada mercadoria adquirida significa dinheiro que fica ali mesmo, girando dentro da comunidade. É a economia local sendo fortalecida, gerando emprego e renda para quem mora na região.
Claro que ainda existem desafios. Falta de crédito, estrutura precária em algumas áreas e oportunidades limitadas podem atrapalhar quem quer empreender. Mas se existe algo que a periferia sabe fazer é se reinventar. Com colaboração, união e criatividade, o futuro vai sendo construído de baixo para cima, mostrando que a quebrada é lugar de força e transformação.
O início de um novo ano é mais do que só uma mudança de data: é um convite para lembrar que o crescimento começa em casa. Seja nos pequenos comércios, na educação das crianças, nas reformas ou na compra de móveis e eletrodomésticos, a periferia segue provando seu valor e sua capacidade de sonhar grande — e realizar.
Boas festas, Feliz 2025. ✦
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