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Obama acusa Trump de usar medo da população para promover discursos de ódio

Barack Obama é um dos principais fiadores da candidatura de Joe Biden à presidência dos EUA - Reprodução/Twitter via Getty Images
Barack Obama é um dos principais fiadores da candidatura de Joe Biden à presidência dos EUA Imagem: Reprodução/Twitter via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

30/07/2020 10h45Atualizada em 30/07/2020 13h20

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, acusou o atual presidente, Donald Trump, de usar os sentimentos de medo e ressentimento da população americana para promover discursos de ódio.

Enquanto participa de videoconferências privadas para arrecadar fundos para Joe Biden, seu ex-vice-presidente e candidato democrata à presidência, Obama tem feito duras críticas ao governo de Trump e associado a postura do republicano ao fascismo. Trump tentará a reeleição em novembro.

Em conferência no Zoom com J.B. Pritzker, governador do estado de Illinois (reduto eleitoral do ex-presidente, por onde ele foi eleito senador antes de chegar à Casa Branca), Obama disse que Trump explora a raiva do povo americano para reproduzir o ódio.

"O que ele desencadeou e o que continua tentando explorar são os medos, a raiva e o ressentimento das pessoas que, em alguns casos, realmente estão passando por um momento difícil e têm visto suas perspectivas, ou comunidades de onde saíram, declinando. E Trump tenta explorar isso e redirecionar de maneiras nativistas [anti-imigração], racistas e sexistas", afirmou.

Obama acusou Trump de usar as estátuas e monumentos de confederados — que têm sido questionados pelo movimento Black Lives Matter por representar um passado racista e colonizador — para distrair a atenção das pessoas dos problemas da pandemia da covid-19. O ex-presidente disse que essa atitude "dá uma noção de quem se trata" Trump e associou isso a "impulsos sombrios" da história, fazendo associação indireta ao nazifascismo.

"O ponto final que vimos na Europa há 60 anos, 70 anos atrás — o que acontece quando essas coisas são desencadeadas", disse Obama. "Você não corta isso pela raiz e coisas ruins podem acontecer. Entre as sociedades civilizadas mais citadas", declarou.

Em outro evento, dessa vez com o ator George Clooney, que é um dos maiores doadores democratas, Barack Obama foi perguntado sobre o que tem o mantido acordado à noite. Em resposta, o ex-presidente disse que teme uma abstenção alta de votos e que Trump faça um esforço para deslegitimar as eleições.

Nessas conferências, doadores chegaram a pagar US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão) para poder participar. Até o momento, Obama já levantou US$ 24 milhões (aproximadamente R$ 125 milhões) em doações para a campanha de Joe Biden.