Brittney Griner: como foi troca de prisioneiros entre Rússia e EUA que libertou estrela do basquete
Griner foi trocada pelo notório traficante de armas Viktor Bout, mantido em prisão americana por 12 anos.
Uma troca que deu fim a meses de angústia e protestos.
Os Estados Unidos e a Rússia trocaram a estrela do basquete americana Brittney Griner pelo notório traficante de armas russo Viktor Bout, mantido em uma prisão americana por 12 anos.
O presidente americano, Joe Biden, disse que Griner estava segura e em um avião dos Emirados Árabes Unidos a caminho de casa.
"Fico feliz em dizer que Brittney está de bom humor. Ela precisa de tempo e espaço para se recuperar", disse ele na Casa Branca.
Griner foi presa em um aeroporto de Moscou em fevereiro deste ano por portar óleo de cannabis e, no mês passado, enviada para uma colônia penal.
O governo Biden propôs uma troca de prisioneiros em julho passado, ciente de que Moscou há muito buscava a libertação de Bout.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou a troca e disse que ela ocorreu no aeroporto de Abu Dhabi. "O cidadão russo foi devolvido à sua terra natal", disse o órgão por meio de um comunicado.
Falando no Salão Oval, a mulher de Griner, Cherelle, elogiou os esforços do governo Biden para garantir sua libertação. "Estou aqui de pé, dominada pelas emoções."
Como parte da troca de prisioneiros, Biden assinou a ordem de libertação de Bout, que havia sido condenado a 25 anos de prisão.
O 'mercador da morte'
Viktor Bout vendeu armas para "senhores da guerra" e governos corruptos, tornando-se um dos homens mais procurados do mundo.
Apelidado de "mercador da morte" por tráfico de armas nos anos após a queda da União Soviética (URSS), as façanhas do russo inspiraram o filme O Senhor das Armas, de 2005, que foi livremente inspirado em sua vida.
Sua carreira secreta foi encerrada por uma elaborada armadilha dos Estados Unidos em 2008, quando ele foi preso em um hotel na capital da Tailândia, Bangkok, provocando a ira do governo russo.
Bout foi extraditado dois anos depois e passou os últimos 12 anos em uma prisão americana após ser condenado por conspirar para apoiar terroristas e matar americanos.
No Twitter, Biden postou uma foto do Salão Oval ao lado da esposa de Griner, Cherelle.
"Momentos atrás eu falei com Brittney Griner. Ela está segura. Ela está em um avião. Ela está a caminho de casa", escreveu ele.
Quando as negociações para garantir a libertação de Griner começaram, os EUA também deixaram claro que queriam que o ex-fuzileiro naval Paul Whelan também fosse libertado. No entanto, Whelan, acusado pela Rússia de espionagem, não fez parte da troca de prisioneiros.
"Embora ainda não tenhamos conseguido garantir a libertação de Paul, não desistimos; não desistiremos", declarou Biden.
Mas ele também alertou os americanos a tomarem precauções antes de viajar para o exterior, devido ao risco de serem detidos injustamente por um governo estrangeiro.
O irmão de Whelan, David, elogiou a libertação de Griner e disse que as autoridades americanas avisaram a família com antecedência de que Paul não faria parte da troca.
"Está claro que o governo dos EUA precisa ser mais assertivo", disse ele em um comunicado. "Se países como a Rússia vão capturar americanos inocentes, os EUA precisam de uma resposta mais rápida e direta."
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63910367
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