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Mais de 20 policiais ficam feridos em protestos na França

28/04/2016 19h19

Em várias cidades francesas, manifestantes contrários à reforma trabalhista entraram em confronto com a polícia. Premiê condenou a violência. Protestos reúnem mais de 170 mil pessoas em todo o país.

Mais de20 policiais ficaram feridos na França nesta quinta-feira (28/04) em confrontos com manifestantes que protestavam contra um projeto de reforma trabalhista em várias cidades do país. Centenas de pessoas foram detidas.

Houve confrontos em Paris, Nantes, Lyon, Marselha e Toulouse. As confusões começaram quando manifestantes mascarados lançaram pedras e garrafas contra policiais que responderam com gás lacrimogêneo.

A capital francesa foi palco de um dos confortos mais violentos, onde os manifestantes mascarados quebraram vitrines e pontos de ônibus. Somente em Paris, oito policiais ficaram feridos.

Segundo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, 24 policiais ficaram feridos nos protestos e três deles estão em estado grave. O ministro afirmou ainda que 124 pessoas foram detidas em todo o país.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, condenou os tumultos causados por uma "minoria irresponsável" e afirmou que os culpados serão levados à Justiça.

Mercado de trabalho mais flexível

Os protestos nesta quinta-feira reuniram, pelo menos, 170 mil pessoas em todo o país. Esse foi o quarto protesto nacional em dois meses contra a reforma trabalhista proposta pelo gabinete do presidente François Hollande. Paralisações afetaram também aeroportos e o transporte público.

Os manifestantes alegam que a mudança na lei ameaça os direitos dos trabalhadores, beneficia apenas empresários e mantém a precariedade no mercado de trabalho, principalmente para os mais jovens.

O projeto de lei apresentado pelo governo francês visa tornar o mercado de trabalho mais flexível, a fim de diminuir o alto nível de desemprego. A proposta prevê, entre outros, facilitar a demissão de funcionários em tempos de crise. No final de fevereiro, a França registrou um novo recorde de mais de 3,59 milhões de desempregados.

CN/rtr/afp/lusa