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Exército iraquiano e curdos fazem progressos contra o "Estado Islâmico"

29/05/2016 17h54

Militares e forças curdas tentam retomar Falluja e Mossul, os últimos redutos do "Estado Islâmico" no Iraque. Em retaliação, grupo extremista diz ter matado 40 combatentes em ataque a outra cidade.

O Exército do Iraque e a milícia curda pershmerga iniciaram neste domingo (29/05) duas operações para retomar os últimos redutos do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) no país. Após os militares iraquianos completarem sua ofensiva militar nas proximidades da cidade de Falluja, as forças curdas lutam para recuperar áreas no entorno de Mossul.

Uma força de cerca de 5.500 combatentes pershmerga lançou uma operação ao leste de Mosul, na manhã deste domingo, e retomou a cidade de Mufti após seis horas de combates, afirmou uma nota do Conselho de Segurança da Região do Curdistão. "Esta é uma das muitas operações que deverão elevar a pressão sobre o EI em e no entorno de Mossul, em preparação para um eventual ataque à cidade", diz o texto.

Ao mesmo tempo, as forças especiais iraquianas estavam prontas para iniciar o cerco à cidade de Falluja, a cerca de 50 quilômetros a oeste de Bagdá. Apoiado pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA, o Exército já recapturou 80% da área do entorno da cidade desde que a ofensiva começou, há uma semana, de acordo com um porta-voz militar.

"Eu não quero dizer a hora, mas a entrada em Falluja vai acontecer muito em breve", afirmou Hadi al-Ameri, um comandante da força paramilitar que auxilia a operação em entrevista à televisão iraquiana.

Em retaliação às novas investidas, o EI realizou neste domingo um ataque na cidade de Hit, no oeste do Iraque. Os jihadistas afirmam ter matado 40 combatentes do governo que protegiam a cidade.

As cidades de Falluja e Mossul estão sob controle do "Estado Islâmico" desde que os terroristas iniciaram sua investida no Iraque e na Síria, em 2014, e obtiveram o controle de grandes pedaços de território. Desde então, os jihadistas mataram centenas de civis e destruíram muitas das antigas ruínas das duas cidades, em meio à deterioração da situação humanitária na região.

FC/afp/ap/dpa