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Boca de urna põe Macron e Le Pen no segundo turno

23/04/2017 15h05

Pesquisas divulgadas logo após o fechamento das urnas colocam político centrista e líder dos populistas de direita no segundo turno, marcado para 7 de maio. Pleito é observado como crucial para o futuro da Europa.Pesquisas divulgadas logo após o fechamento das urnas na França neste domingo (23/04) apontam que, com 24% dos votos, o ex-banqueiro Emmanuel Macron (24%), de centro, fará o segundo turno das eleições presidenciais contra a populista de direita Marine Le Pen (22%).Ainda não é possível confirmar que se serão ambos, de fato, a disputar o segundo turno. François Fillon e Jean-Luc Melenchon aparecem empatados em terceiro lugar com cerca de 20% das intenções de voto. A apuração está em andamento. A eleição presidencial francesa é observada como crucial para o futuro da Europa, e um teste da insatisfação dos eleitores com o establishment político. O pleito ocorre num momento de desconfiança em relação ao futuro da UE pós-Brexit, onda populista e temor de novos atentados terroristas.Mas, apesar da ameaça terrorista, como mostrou uma série de pesquisas antes da votação deste domingo, a maior preocupação dos eleitores é com o declínio social na França. O desemprego alcançou 10% em fevereiro, e há uma sensação de estagnação na sociedade francesa.Mais de 50 mil policiais, apoiados por unidades de elite dos serviços de segurança franceses, patrulharam as ruas nos últimos três. A segurança, que já era intensa, teve de ser reforçada após um atirador matar um policial e feriu outros dois na Champs-Élysées, avenida no coração de Paris.A jornada eleitoral foi livre de incidentes. O único momento de tensão foi logo no início domingo, quando uma seção de votação em Besancon, no leste da França, foi interditada depois que um veículo roubado foi abandonado com o motor ligado no local.O fato de as eleições irem para o segundo turno não é novidade na França: as presidenciais raramente são decididas no primeiro turno – desde o início da Quinta República, em 1958, apenas o general Charles de Gaulle conseguiu o feito.