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Homem é morto após atacar soldados com faca em Bruxelas

25/08/2017 21h40

Agressor gritou "Deus é grande" em árabe antes de ferir três oficiais. Autoridades belgas descrevem incidente como terrorista. Em Londres, Palácio de Buckingham é fechado após homem atacar policiais também com faca.Um homem armado com uma faca atacou soldados em Bruxelas nesta sexta-feira (25/08), sendo morto em seguida pelas forças de segurança da Bélgica. O centro de crise antiterrorismo do país europeu anunciou mais tarde que o caso está sendo investigado como ato terrorista.O incidente ocorreu na Boulevard Émile Jacqmain, no centro da capital belga, pouco depois das 20h (horário local). A rua, não muito distante da famosa praça Grand Place, foi isolada pelos policiais.As autoridades informaram que o homem, identificado como um nacional da Somália de 30 anos, gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) ao avançar contra o grupo de soldados. Ele chegou a ferir levemente três oficiais, e um deles foi hospitalizado, mas não corre risco de morte.Segundo a polícia belga, os soldados reagiram ao ataque atirando contra o agressor, que foi "neutralizado". Mais tarde, autoridades afirmaram que o suspeito estava morto, sem esclarecer se ele morreu na cena do crime ou posteriormente, por não resistir aos ferimentos.O prefeito de Bruxelas, Philippe Close, afirmou que o incidente se tratou de um caso isolado, por isso o nível de alerta de terrorismo na Bélgica não seria alterado. Autoridades belgas, que consideram o ataque um ato terrorista, comunicaram que a situação está "sob controle". O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, lamentou o episódio em mensagem no Twitter, afirmando que "todo nosso apoio está com os soldados". "Nossos serviços de segurança permanecem em alerta. Acompanhamos a situação de perto", acrescentou o premiê.A Bélgica está em alerta desde os ataques terroristas que mataram 32 pessoas em 22 de março de 2016, no principal aeroporto de Bruxelas e numa estação de metrô. Desde então, as ruas da capital estão sendo intensamente patrulhadas por soldados militares.Policiais feridos em LondresCerca de uma hora mais tarde, a polícia britânica deteve um homem que feriu, também com uma faca, dois policiais perto do Palácio de Buckingham, em Londres.O incidente ocorreu na emblemática avenida The Mall, que termina em frente à residência oficial da rainha britânica, Elizabeth 2ª. Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, os oficiais foram levemente feridos ao tentar deter o rapaz, que aparentava ter cerca de 20 anos, depois de avistarem um facão dentro de seu veículo. O carro estava estacionado na alameda."O homem foi parado aproximadamente às 20h35 (horário local) por policiais na avenida The Mall, em frente ao Palácio de Buckingham, na posse de uma faca", informou a polícia em comunicado. "No processo de detê-lo, dois policiais sofreram ferimentos leves no braço."O jornal britânico The Guardian publicou que os policiais foram alertados por turistas que passeavam na The Mall e que consideraram que o homem apresentava um comportamento estranho.Ainda não se sabe qual seria a motivação do suspeito, que será em breve interrogado por investigadores. O Palácio de Buckingham foi fechado pelas autoridades após o incidente.O Reino Unido também está em alerta contra terrorismo após sofrer uma série de ataques neste ano. Em março, um homem associado ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) atropelou e matou três pessoas na ponte de Westminster, em Londres.A capital britânica foi alvo de um ataque semelhante em junho, quando sete pedestres morreram num atropelamento na Ponte de Londres. Em área próxima, um atentado a faca também deixou vítimas naquela mesma noite.O ataque recente mais sangrento do Reino Unido, no entanto, ocorreu em Manchester. Em maio, um britânico de origem líbia realizou um ataque suicida na cidade após um show da cantora Ariana Grande. O incidente foi reivindicado pelo "Estado Islâmico". A explosão deixou 22 mortos e dezenas de feridos. Mais da metade das vítimas era menor de 16 anos. Foi o ato terrorista mais mortal no país desde os atentados de 7 de julho de 2005, em Londres.EK/afp/efe/dpa/ap/lusa/rtr