Inventor admite ter esquartejado jornalista em submarino
Polícia afirma que Peter Madsen deu nova versão sobre morte da repórter sueca, mas nega tê-la assassinado. Inventor dinamarquês diz que ela morreu por intoxicação.O inventor Peter Madsen admitiu ter esquartejado a bordo de seu submarino a jornalista sueca Kim Wall, desaparecida em meados de agosto e cujos restos mortais apareceram no Mar Báltico, afirmou nesta segunda-feira (30/10) a polícia dinamarquesa. Porém, ele nega ter assassinado a repórter.
A polícia disse que Madsen mudou ainda em seu depoimento a versão sobre a morte de Wall. O inventor disse que a jornalista morreu dentro do submarino por intoxicação de monóxido de carbono enquanto ele estava no convés da embarcação.
Madsen mudou a versão sobre o caso e admitiu o esquartejamento e também ter jogado os restos mortais da jornalista na Baia de Koge, no sul de Copenhague, depois de descobertas recentes da polícia. No início de outubro, os investigadores localizaram a cabeça e pernas de Wall, que estavam amarradas a pedaços de metal para aumentar o peso. Eles encontraram também a suposta serra usada para cortar o corpo em pedaços e uma bolsa com a roupa da repórter, além de uma faca.
O torso de Wall apareceu flutuando no Mar Báltico em 21 de agosto, quase duas semanas depois de ela ter sido vista pela última vez a bordo do Nautilus, o submarino de fabricação caseira em que tinha embarcado para entrevistar Madsen, em 10 de agosto.
Inicialmente, Madsen alegava que Wall morreu acidentalmente no submarino, depois que a tampa da escotilha caiu na cabeça da repórter. Ele sustentava ainda que, depois de navegar sem rumo por várias horas e pensar em suicídio, jogou o cadáver para fora da embarcação, inteiro e com todas as roupas.
Embora não tenham sido divulgados o resultado da autópsia nem a causa da morte, a polícia já tinha revelado há três semanas que o crânio não tinha fraturas nem sinais de violência. Madsen, que se declara inocente da acusação de homicídio, aceitou voluntariamente que sua prisão preventiva fosse prolongada.
Madsen, conhecido pelos seus projetos de submarinos, é acusado de homicídio e profanação de cadáver. A promotoria o acusa ainda de abuso sexual sem ato sexual.
"Kim Wall sofreu 14 lesões com faca na região exterior e interior de suas genitais e devido a essas facadas concluímos que houve uma motivação sexual", afirmou o porta-voz da polícia Jens Moller Jensen, acrescentando que a causa da morte ainda é desconhecida.
No computador do inventor foram encontrados vídeos de mulheres executadas e torturadas, que ele afirma que não são seus. Madsen alega que muitas pessoas têm acesso a sua oficina.
A polícia disse que a investigação está quase encerrada e que reservou de forma provisória oito dias para o julgamento, que pode acontecer entre março e abril do ano que vem.
A jornalista Kim Wall, de 30 anos, vivia em Nova York e na China e colaborava para jornais como o britânico The Guardian e o americano The New York Times. Quando desapareceu, ela estava pesquisando para uma reportagem sobre Peter Madsen, de 46 anos, inventor considerado excêntrico e muito conhecido na Dinamarca.
Madsen já conseguiu lançar foguetes, num projeto visando desenvolver viagens espaciais privadas. Seu submarino Nautilus, inaugurado em 2008, era o maior submarino privado já construído na época em que ele o construiu, com a ajuda de um grupo de voluntários.
CN/efe/ap/rtr
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A polícia disse que Madsen mudou ainda em seu depoimento a versão sobre a morte de Wall. O inventor disse que a jornalista morreu dentro do submarino por intoxicação de monóxido de carbono enquanto ele estava no convés da embarcação.
Madsen mudou a versão sobre o caso e admitiu o esquartejamento e também ter jogado os restos mortais da jornalista na Baia de Koge, no sul de Copenhague, depois de descobertas recentes da polícia. No início de outubro, os investigadores localizaram a cabeça e pernas de Wall, que estavam amarradas a pedaços de metal para aumentar o peso. Eles encontraram também a suposta serra usada para cortar o corpo em pedaços e uma bolsa com a roupa da repórter, além de uma faca.
O torso de Wall apareceu flutuando no Mar Báltico em 21 de agosto, quase duas semanas depois de ela ter sido vista pela última vez a bordo do Nautilus, o submarino de fabricação caseira em que tinha embarcado para entrevistar Madsen, em 10 de agosto.
Inicialmente, Madsen alegava que Wall morreu acidentalmente no submarino, depois que a tampa da escotilha caiu na cabeça da repórter. Ele sustentava ainda que, depois de navegar sem rumo por várias horas e pensar em suicídio, jogou o cadáver para fora da embarcação, inteiro e com todas as roupas.
Embora não tenham sido divulgados o resultado da autópsia nem a causa da morte, a polícia já tinha revelado há três semanas que o crânio não tinha fraturas nem sinais de violência. Madsen, que se declara inocente da acusação de homicídio, aceitou voluntariamente que sua prisão preventiva fosse prolongada.
Madsen, conhecido pelos seus projetos de submarinos, é acusado de homicídio e profanação de cadáver. A promotoria o acusa ainda de abuso sexual sem ato sexual.
"Kim Wall sofreu 14 lesões com faca na região exterior e interior de suas genitais e devido a essas facadas concluímos que houve uma motivação sexual", afirmou o porta-voz da polícia Jens Moller Jensen, acrescentando que a causa da morte ainda é desconhecida.
No computador do inventor foram encontrados vídeos de mulheres executadas e torturadas, que ele afirma que não são seus. Madsen alega que muitas pessoas têm acesso a sua oficina.
A polícia disse que a investigação está quase encerrada e que reservou de forma provisória oito dias para o julgamento, que pode acontecer entre março e abril do ano que vem.
A jornalista Kim Wall, de 30 anos, vivia em Nova York e na China e colaborava para jornais como o britânico The Guardian e o americano The New York Times. Quando desapareceu, ela estava pesquisando para uma reportagem sobre Peter Madsen, de 46 anos, inventor considerado excêntrico e muito conhecido na Dinamarca.
Madsen já conseguiu lançar foguetes, num projeto visando desenvolver viagens espaciais privadas. Seu submarino Nautilus, inaugurado em 2008, era o maior submarino privado já construído na época em que ele o construiu, com a ajuda de um grupo de voluntários.
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