Maduro tentará reeleição em 2018
Vice da Venezuela afirma que chefe de Estado vai concorrer à presidência nas eleições do ano que vem e diz esperar "vitória revolucionária". Oposição, que ainda não apresentou concorrente, rechaça candidatura de Maduro.O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai concorrer a um novo mandato nas próximas eleições presidenciais, anunciou nesta quarta-feira (29/11) seu vice, Tareck El Aissami. "Em 2018, teremos uma grande vitória revolucionária, apesar da violência e perseguição financeira", antecipou o político.
Aissami discursava num evento do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) em Maracay, no estado de Aragua, durante a campanha eleitoral para as eleições municipais. Em 10 de dezembro, os venezuelanos vão às urnas escolher os prefeitos de 335 municípios.
Leia também: A Venezuela a caminho da falência
"Já temos 18 [de 23] governadores. Teremos em breve a maioria das prefeituras. Já temos a Assembleia Nacional Constituinte. E teremos, com a ajuda de Deus e do povo, a reeleição do nosso irmão Nicolás Maduro como presidente da República", declarou o vice.
Aissami, em meio aos gritos de "Maduro, Maduro" do público presente, lançou uma série de ataques contra a oposição ao governo, afirmando que ela representa "o individualismo, o ódio, a intolerância, o sectarismo, a traição e a corrupção".
O vice-presidente ainda acusou os líderes opositores de serem "fantoches" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, segundo Aissami, estaria dando ordens aos críticos do chavismo por meio da embaixada americana em Caracas.
A oposição, nesta quarta-feira, criticou o anúncio sobre a candidatura de Maduro. "Se ele quer que a crise econômica seja resolvida em 2018, tudo que tem a fazer é deixar o poder e permitir que a Venezuela escolha um governo honesto e eficiente", declarou o líder opositor Henry Ramos Allup.
Ainda não houve consenso, entre a oposição, sobre quem disputará a eleição contra Maduro. Entre os possíveis candidatos estão o próprio Allup, o ex-governador Henri Falcón, o líder do partido Ação Democrática (AD) Julio Borges e a ex-deputada María Corina Machado.
Crise venezuelana
Com uma das maiores reservas de petróleo e de gás do mundo, a Venezuela vive uma profunda crise política e econômica, além de registrar uma alta criminalidade, fatores que têm levado dezenas de milhares de venezuelanos a deixarem o país. Estima-se que a inflação chege a 1000% em 2017.
Maduro é acusado pela oposição de ser o responsável pela crise, além de ser alvo de críticas internacionais pela repressão do governo chavista contra seus opositores. Mais de cem pessoas morreram neste ano durante protestos contrários ao presidente.
Em relatório publicado nesta quarta-feira, organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram o "tratamento brutal" exercido contra manifestantes antigoverno e políticos opositores, incluindo torturas com "choques elétricos, asfixia, agressão sexual e outras técnicas brutais".
Maduro assumiu a presidência da Venezuela após a morte do então presidente Hugo Chávez, em março de 2013. No mês seguinte, ele foi eleito para assumir um mandato integral.
Ele já havia sugerido anteriormente sua intenção de tentar uma reeleição no ano que vem. O pleito está previsto para o final de 2018, mas especialistas acreditam que a ida às urnas pode ser antecipada já para o primeiro semestre do próximo ano.
EK/afp/dpa/efe/lusa
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Aissami discursava num evento do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) em Maracay, no estado de Aragua, durante a campanha eleitoral para as eleições municipais. Em 10 de dezembro, os venezuelanos vão às urnas escolher os prefeitos de 335 municípios.
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"Já temos 18 [de 23] governadores. Teremos em breve a maioria das prefeituras. Já temos a Assembleia Nacional Constituinte. E teremos, com a ajuda de Deus e do povo, a reeleição do nosso irmão Nicolás Maduro como presidente da República", declarou o vice.
Aissami, em meio aos gritos de "Maduro, Maduro" do público presente, lançou uma série de ataques contra a oposição ao governo, afirmando que ela representa "o individualismo, o ódio, a intolerância, o sectarismo, a traição e a corrupção".
O vice-presidente ainda acusou os líderes opositores de serem "fantoches" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, segundo Aissami, estaria dando ordens aos críticos do chavismo por meio da embaixada americana em Caracas.
A oposição, nesta quarta-feira, criticou o anúncio sobre a candidatura de Maduro. "Se ele quer que a crise econômica seja resolvida em 2018, tudo que tem a fazer é deixar o poder e permitir que a Venezuela escolha um governo honesto e eficiente", declarou o líder opositor Henry Ramos Allup.
Ainda não houve consenso, entre a oposição, sobre quem disputará a eleição contra Maduro. Entre os possíveis candidatos estão o próprio Allup, o ex-governador Henri Falcón, o líder do partido Ação Democrática (AD) Julio Borges e a ex-deputada María Corina Machado.
Crise venezuelana
Com uma das maiores reservas de petróleo e de gás do mundo, a Venezuela vive uma profunda crise política e econômica, além de registrar uma alta criminalidade, fatores que têm levado dezenas de milhares de venezuelanos a deixarem o país. Estima-se que a inflação chege a 1000% em 2017.
Maduro é acusado pela oposição de ser o responsável pela crise, além de ser alvo de críticas internacionais pela repressão do governo chavista contra seus opositores. Mais de cem pessoas morreram neste ano durante protestos contrários ao presidente.
Em relatório publicado nesta quarta-feira, organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram o "tratamento brutal" exercido contra manifestantes antigoverno e políticos opositores, incluindo torturas com "choques elétricos, asfixia, agressão sexual e outras técnicas brutais".
Maduro assumiu a presidência da Venezuela após a morte do então presidente Hugo Chávez, em março de 2013. No mês seguinte, ele foi eleito para assumir um mandato integral.
Ele já havia sugerido anteriormente sua intenção de tentar uma reeleição no ano que vem. O pleito está previsto para o final de 2018, mas especialistas acreditam que a ida às urnas pode ser antecipada já para o primeiro semestre do próximo ano.
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