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Procurador-geral dos EUA é interrogado em inquérito sobre Rússia

23/01/2018 17h18

Jeff Sessions é o primeiro membro do alto escalão do governo Trump a depor na investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller, que apura possíveis vínculos entre a campanha do presidente dos EUA e Moscou.O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, foi interrogado na semana passada na investigação que apura possíveis vínculos entre a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o governo da Rússia, confirmou nesta terça-feira (23/01) o Departamento de Justiça americano.

Sessions prestou depoimento ao procurador especial Robert Mueller. Ele foi o primeiro membro em atividade do alto escalão do governo Trump a depor. O interrogatório durou horas.

Senador pelo Alabama durante 20 anos, Sessions foi um dos primeiros legisladores a apoiar Trump durante sua campanha para as eleições presidenciais de 2016, e se converteu em um dos seus assessores mais próximos em temas migratórios e de política externa.

Em março do ano passado, Sessions se afastou do inquérito sobre a suposta ingerência russa depois que a imprensa revelou que ele ocultou do Senado encontros que teve durante a campanha com o então embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, que também se reuniu com outros membros da campanha de Trump.

Legisladores democratas e republicanos expressaram uma grande contrariedade diante das omissões de Sessions e o forçaram a se afastar da investigação. Com isso, Mueller foi designado para assumir o inquérito, como procurador especial independente de qualquer braço do governo dos Estados Unidos.

As questões feitas a Sessions e o conteúdo do depoimento não foram revelados. A imprensa local especula que o envolvimento do procurador na demissão do ex-diretor do FBI James Comey, que conduzia um inquérito sobre o mesmo tema na agência, no início de maio de 2017, pode ter sido um dos pontos da conversa. Os investigadores desejam saber se houve intervenção da Justiça em favor de Trump.

Comey foi demitido após uma recomendação do vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, que alegou que o ex-diretor teria manchado a imagem do FBI durante as investigações sobre e-mails da adversária de Trump nas eleições, a candidata democrata Hillary Clinton, de quando ela era secretária de Estado.

A investigação russa já resultou na apresentação de acusações contra quatro pessoas relacionadas a Trump: seu ex-assessor de segurança na Casa Branca, Michael Flynn; seu ex-chefe de campanha, Paul Manafort; seu "número dois" na campanha, Rick Gates; e o também ex-assessor George Papadopoulos, que trabalhou para o magnata durante as eleições.

CN/efe/rtr/ap

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