Milhares de curdos protestam em Colônia contra ofensiva turca
Manifestação na cidade alemã foi dispersada após polícia identificar bandeiras de movimento separatista. Duas pessoas foram presas.Mais de 20 mil curdos participaram de um protesto neste sábado (27/01) em Colônia para para declarar seu repúdio a uma ofensiva militar do governo turco no enclave de Afrin, norte da Síria, um bastião curdo no país.
Centenas de manifestantes exibiram cartazes reprovando as ações turcas e pedindo o fim por parte da Alemanha da venda de armas para o governo turco. Outros manifestaram apoio as YPG, as milícias curdas que atuam no norte da Síria com apoio dos EUA. "Erdogan terrorista assassino de crianças e de mulheres”, dizia um dos cartazes empunhado por uma manifestante, que fazia referência ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
A manifestação ocorreu sem incidentes graves, mas a concentração acabou sendo dispersada pela polícia alemã depois que foram observadas bandeiras do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido pela sigla PKK. O grupo é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e a exibição dos seus símbolos foi banida em protestos na Alemanha.
Vários manifestantes também exibiram cartazes em apoio a Abdullah Ocalan, o líder do PKK, que atualmente está preso na Turquia.
Após ter notado os símbolos banidos, a polícia deteve a marcha e escoltou os participantes de volta ao ponto de partida. Duas pessoas exibindo retratos de Ocalan foram detidas e várias outras que exibiram placas com símbolos do PKK foram multadas.
Dois mil policiais foram deslocados para acompanhar a manifestação diante de temores de choques entre os manifestantes curdos e apoiadores turcos do presidente Erdogan. A Alemanha abriga um milhão de curdos e cerca de três milhões de turcos e as relações entre as duas comunidades são marcadas pela tensão. Milhões de curdos são cidadãos da Turquia e a parte da comunidade luta há décadas para estabelecer um Estado independente.Nesta semana, várias mesquitas frequentadas pela comunidade turca na Alemanha foram alvo de vandalismo.
Em março do ano passado, a polícia alemã estabeleceu novas regras para manifestações. Os símbolos do PKK e as referências a Ocalan foram banidos. As novas diretrizes também baniram as bandeiras de grupos curdos da Síria, como as YPG, mas a polícia permitiu que eles fossem exibidos neste sábado, a exceção foi feita para reduzir a tensão entre as autoridades e os manifestantes.
A manifestação foi organizada pela associação Nav-Dem, a federação que reúne os curdos na Alemanha. A convocação ocorreu após o exército turco lançar a operação "Ramo de Oliveira” para reprimir as milícias YPG , consideradas como terroristas pelo governo de Ancara.
As YPG tiveram papel crucial no combate ao grupo terrorista jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria. Após a ameaça do EI ter diminuído, os turcos se voltaram contra as milícias curdas, que foram apoiadas nos últimos anos pelos EUA. Neste sábado, o governo turco informou ter matado 394 terroristas na região e incluiu as baixas de membros do YPG ao lado daquelas do EI e outras organizações jihadistas.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
JPS/dpa
Centenas de manifestantes exibiram cartazes reprovando as ações turcas e pedindo o fim por parte da Alemanha da venda de armas para o governo turco. Outros manifestaram apoio as YPG, as milícias curdas que atuam no norte da Síria com apoio dos EUA. "Erdogan terrorista assassino de crianças e de mulheres”, dizia um dos cartazes empunhado por uma manifestante, que fazia referência ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
A manifestação ocorreu sem incidentes graves, mas a concentração acabou sendo dispersada pela polícia alemã depois que foram observadas bandeiras do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido pela sigla PKK. O grupo é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e a exibição dos seus símbolos foi banida em protestos na Alemanha.
Vários manifestantes também exibiram cartazes em apoio a Abdullah Ocalan, o líder do PKK, que atualmente está preso na Turquia.
Após ter notado os símbolos banidos, a polícia deteve a marcha e escoltou os participantes de volta ao ponto de partida. Duas pessoas exibindo retratos de Ocalan foram detidas e várias outras que exibiram placas com símbolos do PKK foram multadas.
Dois mil policiais foram deslocados para acompanhar a manifestação diante de temores de choques entre os manifestantes curdos e apoiadores turcos do presidente Erdogan. A Alemanha abriga um milhão de curdos e cerca de três milhões de turcos e as relações entre as duas comunidades são marcadas pela tensão. Milhões de curdos são cidadãos da Turquia e a parte da comunidade luta há décadas para estabelecer um Estado independente.Nesta semana, várias mesquitas frequentadas pela comunidade turca na Alemanha foram alvo de vandalismo.
Em março do ano passado, a polícia alemã estabeleceu novas regras para manifestações. Os símbolos do PKK e as referências a Ocalan foram banidos. As novas diretrizes também baniram as bandeiras de grupos curdos da Síria, como as YPG, mas a polícia permitiu que eles fossem exibidos neste sábado, a exceção foi feita para reduzir a tensão entre as autoridades e os manifestantes.
A manifestação foi organizada pela associação Nav-Dem, a federação que reúne os curdos na Alemanha. A convocação ocorreu após o exército turco lançar a operação "Ramo de Oliveira” para reprimir as milícias YPG , consideradas como terroristas pelo governo de Ancara.
As YPG tiveram papel crucial no combate ao grupo terrorista jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria. Após a ameaça do EI ter diminuído, os turcos se voltaram contra as milícias curdas, que foram apoiadas nos últimos anos pelos EUA. Neste sábado, o governo turco informou ter matado 394 terroristas na região e incluiu as baixas de membros do YPG ao lado daquelas do EI e outras organizações jihadistas.
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