Argentina encontra 400 quilos de cocaína na embaixada russa
Autoridades argentinas desmantelam quadrilha internacional de tráfico de drogas e prendem cinco pessoas. Organização tentou usar o serviço de correio diplomático da embaixada russa para enviar drogas à Europa.
Os governos de Argentina e Rússia desmantelaram uma quadrilha que tentou traficar quase 400 quilos de cocaína em bolsas diplomáticas através da embaixada russa em Buenos Aires, numa operação de 14 meses que terminou em cinco pessoas detidas e um fugitivo, comunicou na quinta-feira (22) o Ministério da Segurança argentino.
Duas pessoas foram presas na Argentina – uma delas um russo naturalizado argentino que era membro da força policial de Buenos Aires. Ele foi preso na chegada ao aeroporto internacional de Buenos Aires na quarta-feira. As outras três pessoas foram detidas na Rússia, e as autoridades estão buscando um sexto suspeito – especula-se que se encontraria na Alemanha e que seria a mente por trás do crime.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse que as drogas descobertas tinham um valor de mercado de cerca de 50 milhões de euros.
"Uma gangue de tráfico de drogas estava tentando usar o serviço de correio diplomático da embaixada russa para enviar drogas à Europa. Desmantelamos uma organização internacional de tráfico de cocaína entre Argentina, Rússia e Alemanha", disse.
Em 13 dezembro de 2016, o embaixador da Rússia na Argentina, Viktor Koronelli, informou o governo local sobre "a suspeita de que num anexo da embaixada russa havia drogas".
As forças de segurança contabilizaram 389 quilos de cocaína encontrados numa escola que faz parte do complexo da embaixada e distribuídos em 360 pacotes dentro de 12 malas.
A polícia então substituiu a cocaína por farinha e colocou dispositivos de rastreamento dentro das malas, que foram enviadas para a Rússia. Depois de várias tentativas frustradas, as malas com a carga falsa viajaram em dezembro de 2017 para Moscou "num avião do serviço de segurança federal russo", especificou Bullrich.
As malas foram enviadas como parte da remoção de um diplomata, permitindo aos traficantes evadir controles de importação das autoridades aeroportuárias.
Em Moscou, as malas foram abrigadas no Ministério do Interior da Rússia, enquanto se aguardava que membros da quadrilha se apresentassem para buscá-las. O Ministério de Segurança da Argentina enviou uma equipe especial de três agentes para monitorar a entrega vigiada.
Duas pessoas foram presas ao buscar as malas, Também foi preso um ex-membro do serviço diplomático russo, que teria facilitado a entrada das malas com cocaína no prédio anexo da embaixada russa em Buenos Aires.
O suposto líder do grupo de traficantes estaria baseado na cidade alemã de Hamburgo. "Acreditamos que a polícia alemã vai prender esse fugitivo", disse Bullrich.
A ministra afirmou que a origem da droga ainda estava sendo analisada. Segundo ela, a cocaína estava embalada em pacotes com "uma estrela" e "é de qualidade muito alta". "Pode ser da Colômbia ou do Peru", comentou.
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