Morre policial francês que se ofereceu como refém em ataque
Celebrado como herói, Arnaud Beltrame trocou de lugar com vítima durante cerco em supermercado no sudeste da França e acabou baleado na troca de tiros quando polícia invadiu local e matou terrorista.Morreu neste sábado (24/03) o policial Arnaud Beltrame, celebrado na França como herói após ter trocado de lugar com um refém durante o ataque terrorista de sexta-feira no sudeste do país.
Beltrame foi baleado na garganta ao fim da quatro horas de impasse num supermercado em Trèbes, onde o marroquino Radouane Lakdim havia se entrincheirado após ter matado três pessoas.
"Uma morte pela pátria. Nunca esqueceremos seu heroísmo, bravura, seu sacrifício. Com o coração pesado, envio o apoio de todo o país a sua família, amigos e colegas”, escreveu no Twitter o ministro do Interior, Gérard Collomb.
O policial se voluntariou a tomar o lugar de uma mulher feita como refém por Lakdim, que já havia matado três pessoas: o motorista de um carro, um funcionário e um cliente do supermercado.
O ataque começou pela manhã na cidade medieval de Carcassonne, quando o atirador roubou um carro e executou o motorista com um tiro na cabeça. Ali, ele também abriu fogo contra um grupo de policiais que jogavam futebol, deixando vários feridos, e depois dirigiu para Trèbes, onde se escondeu no supermercado e fez reféns.
O cerco policial, iniciado por volta das 11h da manhã, só terminou às 15h da tarde, com a decisão de invadir o local. O sequestrador foi abatido pela polícia. No total, 15 pessoas ficaram feridas no ataque, uma em estado grave.
"Ao se oferecer como refém ao terrorista escondido num supermercado em Trèbes, o tenente-coronel Beltrame salvou a vida de um civil, mostrando coragem excepcional”, disse o presidente Emmanuel Macron.
Nascido no Marrocos, Ladkim era conhecido das autoridades como um pequeno criminoso, mas estava sob vigilância dos serviços de segurança em 2016 e 2017 por supostas conexões com o movimento salafista radical.
No supermercado, o atirador teria gritado em árabe "Deus é grande" e dito ser um soldado do "Estado Islâmico". Ele também teria pedido a libertação de Salah Abdeslam, único terrorista sobrevivente dos ataques terroristas de novembro de 2015 em Paris.
O "Estado Islâmico” assumiu a autoria o ataque. Mais de 240 pessoas foram mortas na França em atentados desde 2015 por radicais com ligação ao grupo terrorista ou que foram inspirados por ele.
RPR/ap/afp
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Beltrame foi baleado na garganta ao fim da quatro horas de impasse num supermercado em Trèbes, onde o marroquino Radouane Lakdim havia se entrincheirado após ter matado três pessoas.
"Uma morte pela pátria. Nunca esqueceremos seu heroísmo, bravura, seu sacrifício. Com o coração pesado, envio o apoio de todo o país a sua família, amigos e colegas”, escreveu no Twitter o ministro do Interior, Gérard Collomb.
O policial se voluntariou a tomar o lugar de uma mulher feita como refém por Lakdim, que já havia matado três pessoas: o motorista de um carro, um funcionário e um cliente do supermercado.
O ataque começou pela manhã na cidade medieval de Carcassonne, quando o atirador roubou um carro e executou o motorista com um tiro na cabeça. Ali, ele também abriu fogo contra um grupo de policiais que jogavam futebol, deixando vários feridos, e depois dirigiu para Trèbes, onde se escondeu no supermercado e fez reféns.
O cerco policial, iniciado por volta das 11h da manhã, só terminou às 15h da tarde, com a decisão de invadir o local. O sequestrador foi abatido pela polícia. No total, 15 pessoas ficaram feridas no ataque, uma em estado grave.
"Ao se oferecer como refém ao terrorista escondido num supermercado em Trèbes, o tenente-coronel Beltrame salvou a vida de um civil, mostrando coragem excepcional”, disse o presidente Emmanuel Macron.
Nascido no Marrocos, Ladkim era conhecido das autoridades como um pequeno criminoso, mas estava sob vigilância dos serviços de segurança em 2016 e 2017 por supostas conexões com o movimento salafista radical.
No supermercado, o atirador teria gritado em árabe "Deus é grande" e dito ser um soldado do "Estado Islâmico". Ele também teria pedido a libertação de Salah Abdeslam, único terrorista sobrevivente dos ataques terroristas de novembro de 2015 em Paris.
O "Estado Islâmico” assumiu a autoria o ataque. Mais de 240 pessoas foram mortas na França em atentados desde 2015 por radicais com ligação ao grupo terrorista ou que foram inspirados por ele.
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