Venezuela em suspense com ajuda humanitária dos EUA
No pôquer político no país sul-americano, assistência oferecida por Washington acirra tensões. Guaidó exige cooperação de Forças Armadas para garantir entrega, Maduro fala de "cavalo de Troia".Neste sábado (23/02) transcorre a data limite anunciada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, para a entrada no país da ajuda humanitária internacional. Os alimentos e medicamentos deverão chegar através de três postos fronteiriços com a cidade colombiana de Cúcuta, segundo anunciou quinta-feira a deputada venezuelana exilada Gaby Arellano.
A capital do departamento Norte de Santander e a cidade de San Cristóbal, no estado de Tachira, partilham a travessia fronteiriça das pontes internacionais de Simón Bolívar, Francisco de Paula Santander e Tienditas. Uma parte da assistência humanitária que os Estados Unidos querem fazer chegar aos venezuelanos encontra-se armazenada em Cúcuta, na fronteira da Colômbia com a Venezuela.
Juan Guaidó, opositor de Maduro e reconhecido por mais de 50 países como presidente interino do país, prometeu introduzir essa ajuda humanitária na Venezuela numa operação para que estão mobilizados milhares de cidadãos.
A ajuda humanitária parece garantida, mas a incógnita é como fazê-la entrar na Venezuela, depois de o governo de Nicolás Maduro ter fechado as fronteiras à entrada de medicamentos e alimentos oriundos dos EUA.
Segundo Maduro, essa ajuda seria um "cavalo de Troia", visando abrir caminho a uma intervenção militar americana. Essa leitura política conta com a concordância diplomática do governo russo. Na quarta-feira, as autoridades russas confirmaram o envio de um carregamento de medicamentos e de equipamento médico. Deste, 7,5 toneladas de medicamentos e material médico já teriam chegado à nação sul-americana, anunciou Nicolás Maduro na noite seguinte.
Guaidó dera indicações às Forças Armadas para que deixassem entrar as doações internacionais neste sábado, dizendo que tinham três dias para "seguir as ordens do presidente encarregado da República". O político oposicionista afirmou que os alimentos e medicamentos chegarão "por ar, por mar e por terra", sem especificar os pontos da entrada.
Em reação aos confrontos na fronteira da Venezuela com o Brasil, com dois mortos, o governo de Donald Trump advertiu na sexta-feira que Maduro, "e aqueles que seguem suas ordens" não ficarão "impunes". "Os Estados Unidos condenam veementemente o uso da força pelos militares venezuelanos contra civis desarmados e voluntários inocentes", anunciou a Casa Branca em comunicado.
AV/lusa,efe
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Juan Guaidó, opositor de Maduro e reconhecido por mais de 50 países como presidente interino do país, prometeu introduzir essa ajuda humanitária na Venezuela numa operação para que estão mobilizados milhares de cidadãos.
A ajuda humanitária parece garantida, mas a incógnita é como fazê-la entrar na Venezuela, depois de o governo de Nicolás Maduro ter fechado as fronteiras à entrada de medicamentos e alimentos oriundos dos EUA.
Segundo Maduro, essa ajuda seria um "cavalo de Troia", visando abrir caminho a uma intervenção militar americana. Essa leitura política conta com a concordância diplomática do governo russo. Na quarta-feira, as autoridades russas confirmaram o envio de um carregamento de medicamentos e de equipamento médico. Deste, 7,5 toneladas de medicamentos e material médico já teriam chegado à nação sul-americana, anunciou Nicolás Maduro na noite seguinte.
Guaidó dera indicações às Forças Armadas para que deixassem entrar as doações internacionais neste sábado, dizendo que tinham três dias para "seguir as ordens do presidente encarregado da República". O político oposicionista afirmou que os alimentos e medicamentos chegarão "por ar, por mar e por terra", sem especificar os pontos da entrada.
Em reação aos confrontos na fronteira da Venezuela com o Brasil, com dois mortos, o governo de Donald Trump advertiu na sexta-feira que Maduro, "e aqueles que seguem suas ordens" não ficarão "impunes". "Os Estados Unidos condenam veementemente o uso da força pelos militares venezuelanos contra civis desarmados e voluntários inocentes", anunciou a Casa Branca em comunicado.
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