Mais quatro alpinistas morrem no Monte Everest
Tempo bom leva a superlotação no topo da montanha, que contribui para aumento do risco. Maioria dos sete óbitos recentes ocorreu após alpinistas passarem muito tempo no local conhecido como "zona da morte".Mais quatro alpinistas morreram ao tentar escalar o Monte Everest, anunciaram nesta sexta-feira (24/05) autoridades nepalesas. As mortes são mais um alerta para a superlotação da montanha mais alta do mundo.
Um curto período de tempo bom durante a temporada de escalada, que vai de abril a maio, criou uma fila de várias horas para chegar ao topo. Os alpinistas aguardavam na chamada "zona da morte", região de altitude de 8 mil metros, onde o oxigênio é mais escasso. Passar muito tempo neste local pode levar à exaustão, desidratação e morte.
Segundo autoridades nepalesas, três alpinistas indianos, de 54, 49 e 27 anos, morreram de exaustação enquanto desciam após chegar ao topo do Everest. O quarto morto foi um guia.
O funcionário da agência de viagens Peak Promotions, Keshab Paudel, disse que o indiano mais jovem pode ter morrido devido à quantidade pessoas que havia próximo ao topo da montanha. "Não sabemos quanto tempo durou o congestionamento e nem quantos alpinistas estavam na fila", acrescentou.
O congestionamento é um grande perigo para os alpinistas e guias, já que cada minuto é importante quando há dependência de cilindros de oxigênio para sobreviver. O ex-presidente da Associação de Alpinismo do Nepal, Ang Tsering Sherpa, alertou que ficar muito tempo na zona da morte aumenta o risco de queimaduras, doenças da altitude e da própria morte.
Com as quatro óbitos recentes, chega a sete o número de mortos no monte do lado nepalês desde o início da temporada em abril. Um americano e um indiano morreram na quarta-feira depois de ficarem presos num congestionamento de alpinistas. Um irlandês desapareceu e é considerado morto. No lado tibetano, um suíço e austríaco morreram.
Neste ano, o Nepal emitiu 381 licenças para alpinistas escalarem o monte, um recorde histórico desde a primeira ascensão bem-sucedida ao Everest em 1953.
Somente na quarta-feira, mais de 200 alpinistas realizaram a subida ao cume devido às boas condições meteorológicas e a previsão de mau tempo para a próxima semana. No entanto, muitos reclamaram de ter que esperar por "horas" em longas filas devido ao congestionamento até cume da Face Sul (8.690 metros).
Situação similar aconteceu em 2012, quando 260 montanhistas tentaram subir em um mesmo dia aproveitando o bom tempo, o que causou um congestionamento no famoso degrau Hillary, uma rocha vertical de 12 metros que representava o último grande obstáculo antes chegar ao topo, mas que desapareceu em 2017.
Naquela ocasião, 179 pessoas chegaram aos 8.848 metros e quatro morreram por cansaço e efeitos da altitude quando desciam.
CN/efe/lusa/dw
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Um curto período de tempo bom durante a temporada de escalada, que vai de abril a maio, criou uma fila de várias horas para chegar ao topo. Os alpinistas aguardavam na chamada "zona da morte", região de altitude de 8 mil metros, onde o oxigênio é mais escasso. Passar muito tempo neste local pode levar à exaustão, desidratação e morte.
Segundo autoridades nepalesas, três alpinistas indianos, de 54, 49 e 27 anos, morreram de exaustação enquanto desciam após chegar ao topo do Everest. O quarto morto foi um guia.
O funcionário da agência de viagens Peak Promotions, Keshab Paudel, disse que o indiano mais jovem pode ter morrido devido à quantidade pessoas que havia próximo ao topo da montanha. "Não sabemos quanto tempo durou o congestionamento e nem quantos alpinistas estavam na fila", acrescentou.
O congestionamento é um grande perigo para os alpinistas e guias, já que cada minuto é importante quando há dependência de cilindros de oxigênio para sobreviver. O ex-presidente da Associação de Alpinismo do Nepal, Ang Tsering Sherpa, alertou que ficar muito tempo na zona da morte aumenta o risco de queimaduras, doenças da altitude e da própria morte.
Com as quatro óbitos recentes, chega a sete o número de mortos no monte do lado nepalês desde o início da temporada em abril. Um americano e um indiano morreram na quarta-feira depois de ficarem presos num congestionamento de alpinistas. Um irlandês desapareceu e é considerado morto. No lado tibetano, um suíço e austríaco morreram.
Neste ano, o Nepal emitiu 381 licenças para alpinistas escalarem o monte, um recorde histórico desde a primeira ascensão bem-sucedida ao Everest em 1953.
Somente na quarta-feira, mais de 200 alpinistas realizaram a subida ao cume devido às boas condições meteorológicas e a previsão de mau tempo para a próxima semana. No entanto, muitos reclamaram de ter que esperar por "horas" em longas filas devido ao congestionamento até cume da Face Sul (8.690 metros).
Situação similar aconteceu em 2012, quando 260 montanhistas tentaram subir em um mesmo dia aproveitando o bom tempo, o que causou um congestionamento no famoso degrau Hillary, uma rocha vertical de 12 metros que representava o último grande obstáculo antes chegar ao topo, mas que desapareceu em 2017.
Naquela ocasião, 179 pessoas chegaram aos 8.848 metros e quatro morreram por cansaço e efeitos da altitude quando desciam.
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