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Diretor de balé alemão esfrega cocô no rosto de jornalista que o criticou

O diretor de balé Marco Goecke, que teria pegado as fezes do seu cãozinho, Gustav - Getty Images
O diretor de balé Marco Goecke, que teria pegado as fezes do seu cãozinho, Gustav Imagem: Getty Images

13/02/2023 20h51

A Ópera de Hanôver anunciou ontem o afastamento de seu diretor de balé, investigado pela polícia por esfregar fezes de cachorro no rosto de uma jornalista que criticou negativamente um de seus espetáculos.

No domingo (12), durante a estreia de seu espetáculo "Glaube - Liebe - Hoffnung" ("Fé - Amor - Esperança", em tradução livre), o diretor da Companhia de Balé de Hanôver, Marco Goecke, atacou verbalmente a crítica do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), Wiebke Hüster, tirou de seu bolso um punhado de fezes de cachorro e esfregou no rosto da jornalista.

Segundo o FAZ, Goecke ficou revoltado com a crítica publicada no jornal no sábado sobre seu espetáculo, que afirma ser "possível alternar entre um estado de sentimento de insanidade e de ser morto pelo tédio" ao assistir ao balé de Goecke.

Goecke, de 50 anos, é o diretor do balé da Ópera de Hanôver desde 2019. As fezes seriam de seu cão, Gustav, que havia evacuado instantes antes. O coreógrafo, que está sempre usando óculos escuros, é visto com frequência na Ópera transportando Gustav em uma bolsa.

No domingo, ele ameaçou proibir a crítica de entrar no teatro e a acusou pelo fato de frequentadores da Ópera cancelarem suas adesões como membros do local, antes do espetáculo.

"Chocado comigo mesmo"

Hüster relatou que Goecke "puxou repentinamente uma sacola de seu bolso".

"Com o lado da abertura da sacola, ele esfregou excrementos de cachorro no meu rosto. Quando percebi o que ele tinha feito, gritei", afirmou a jornalista.

Ela foi ajudada por um funcionário da Ópera a se limpar em um dos banheiros, antes de se dirigir à polícia e registrar o incidente. As autoridades abriram uma investigação contra Goecke por agressão e insulto.

O diretor evitou pedir desculpas à crítica do FAZ. "Acho que a minha escolha da forma [da agressão] não foi excelente, absolutamente". Ele disse que seu ato "certamente não será reconhecido ou respeitado" pela sociedade.

"Eu sou uma pessoa que nunca fez algo como aquilo, então, é claro que eu estou um pouco chocado comigo mesmo". Ele tentou se justificar ao dizer que seu trabalho e sua pessoa são alvo d ataques há anos.