União Europeia anuncia pacote de R$ 267 bilhões para financiar Ucrânia na guerra
![Presidente da comissão europeia Ursula von der Leyen em coletiva conjunta com Volodymyr Zelensky em 2022 Presidente da comissão europeia Ursula von der Leyen em coletiva conjunta com Volodymyr Zelensky em 2022](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/04/2022/06/11/presidente-da-comissao-europeia-ursula-von-der-leyen-em-coletiva-conjunta-com-volodymyr-zelensky-1654954571819_v2_900x506.jpg)
Os líderes da União Europeia chegaram a um acordo nesta quinta-feira (01/02) para liberação de 50 bilhões de euros em ajuda à Ucrânia nos próximos quatro anos, depois que a Hungria retirou seu veto ao pacote, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"Temos um acordo. Unidade. Os 27 líderes concordaram com um pacote de apoio adicional de 50 bilhões de euros para a Ucrânia dentro do orçamento da UE", anunciou Michel através da rede social X.
O acordo vinha sendo bloqueado pela Hungria desde a última reunião de cúpula dos líderes em Bruxelas, em meados de dezembro.
O presidente do Conselho Europeu comemorou o fato de que "isso garante um financiamento firme, de longo prazo e previsível para a Ucrânia" e que, ao fazer isso, "a UE está assumindo a liderança e a responsabilidade no apoio à Ucrânia". "Sabemos o que está em jogo", escreveu ele.
We have a deal. #Unity
-- Charles Michel (@CharlesMichel) February 1, 2024
All 27 leaders agreed on an additional €50 billion support package for Ukraine within the EU budget.
This locks in steadfast, long-term, predictable funding for #Ukraine.
EU is taking leadership & responsibility in support for Ukraine; we know what is…
O bloqueio de Orbán
A mensagem de Michel veio poucos minutos após o início, em Bruxelas, de uma cúpula de chefes de Estado e de governo, que foi precedida por uma reunião de Michel com o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, a premiê italiana, Giorgia Meloni, e o presidente húngaro, Viktor Orbán, para encontrar uma solução para o impasse.
Posteriormente, somaram-se à reunião os chefes de governo da Espanha, Pedro Sánchez, da Bélgica, Alexander De Croo, da Holanda, Mark Rutte, e da Polônia, Donald Tusk.
Orbán pedia um mecanismo para avaliar anualmente a ajuda à Ucrânia, apesar de o plano ir até 2027, e a possibilidade de um veto em cada análise, algo que o restante dos parceiros rejeitou categoricamente.
Os outros 26 países-membros, no entanto, mantiveram a posição acordada em dezembro de 2023 de incluir essa ajuda na estrutura financeira plurianual e, se não fosse possível chegar a um acordo unânime, tinham um plano B para transferir fundos para Kiev, mesmo sem a aprovação da Hungria.
Revisão opcional
Finalmente, durante a reunião anterior à cúpula, foi decidido com Orbán que os líderes debateriam a assistência à Ucrânia todos os anos em uma cúpula e que, após dois anos, poderiam "caso necessário" pedir à Comissão Europeia que houvesse uma revisão da questão.
No entanto, para fazer esta revisão ou fazer qualquer alteração na ajuda, será necessária a aprovação de todos os Estados-membros, o que significa que Orbán não poderá bloquear novamente o pacote de assistência a Kiev, segundo explicaram várias fontes europeias.
Além disso, os demais líderes concordaram em incluir um parágrafo no documento de conclusões que lembra que as medidas para bloquear fundos devido a ataques ao Estado de direito (um mecanismo que atualmente mantém bloqueados 6,3 bilhões de euros de Budapeste) devem ser "proporcionais à repercussão que tem a violação".
"O Conselho Europeu cumpriu as nossas prioridades: apoiar a Ucrânia, combater a migração ilegal, apoiar a competitividade europeia. Um bom dia para a Europa", comemorou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também na rede social X.
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Quero receberZelensky comemora
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, comemorou o acordo alcançado e Zelensky descreveu como "muito importante" o apoio unânime dos líderes europeus. "Isso demonstra mais uma vez a força da unidade da UE", destacou.
"A continuidade do apoio financeiro da UE à Ucrânia fortalecerá a estabilidade econômica e financeira, o que é tão importante quanto a assistência militar e as sanções que pressionam a Rússia", completou Zelensky.
A Ucrânia necessita urgentemente de continuar a receber ajuda da UE para manter sua economia em funcionamento e continuar resistindo à agressão militar russa.
Kiev também espera que sejam desbloqueados os mais de 60 bilhões de dólares propostos pela Casa Branca para ajudar o país ao longo de 2024. No entanto, o Partido Republicano opõe-se a dar sinal verde a estes fundos no Congresso dos Estados Unidos.
Thank you for your attention and thank you all for your support.
-- Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 1, 2024
I believe in Europe. I believe that European unity will preserve normal life on our continent.
I am as confident in this as you all are.
md/cn (EFE, Reuters, AFP)
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