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Putin testa armamento nuclear 'tático'; qual a diferença para armas 'estratégicas'?

Míssil capaz de transportar ogivas nucleares durante teste da Rússia Imagem: Ministério da Defesa da Rússia - 05.nov.2023/via Reuters

23/05/2024 04h00Atualizada em 23/05/2024 13h25

Em um aparente sinal de alerta a oficiais experientes do Ocidente que falaram sobre a possibilidade de maior envolvimento com a guerra na Ucrânia, a Rússia deu início nesta terça-feira (21) a uma série de exercícios envolvendo armas nucleares táticas.

Essa é a primeira vez que Moscou anuncia publicamente tais exercícios, que na verdade são rotineiros.

O que aconteceu

A categoria de armamentos usados nos exercícios inclui bombas aéreas, ogivas para mísseis de curto alcance e munições de artilharia. Elas são destinadas ao uso em campo de batalha.

Essas são consideradas armas táticas, que são compostas por pequenas ogivas e sistemas de lançamento para ataques limitados ou até mesmo uso no campo de batalha.

Armas táticas são projetadas para destruir alvos em uma área específica, sem causar uma dispersão de radioatividade generalizada.

Elas são menos poderosas que armas estratégicas, que são ogivas massivas que armam mísseis balísticos intercontinentais e são projetadas para aniquilar cidades inteiras.

"Treino prático". Segundo um comunicado do Ministério da Defesa emitido nesta terça, o primeiro estágio dos exercícios consiste em "treino prático na preparação e uso de armas nucleares não estratégicas", incluindo mísseis de capacidade nuclear Kinzhal e Iskander.

As manobras ocorrem no distrito sul militar, que abrange áreas ao sul do país, incluindo a fronteira com a Ucrânia; a Crimeia, território ucraniano ilegalmente anexado pela Rússia em 2014; e quatro outras regiões ucranianas tomadas em 2022 e parcialmente ocupadas pelas tropas de Moscou.

Os exercícios foram anunciados em 6 de maio e são uma resposta a "declarações provocativas e ameaças de certos oficiais do Ocidente sobre a Federação Russa". O anúncio do Ministério da Defesa veio após o presidente francês Emmanuel Macron reafirmar que ele não descarta a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia e o encarregado da diplomacia britânica David Cameron dizer que enviará a Kiev armas de longo alcance para atingir alvos na Rússia.

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