Ucrânia planeja convocar presidiários para lutar na guerra contra a Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou na sexta-feira (17) uma lei que permite convocar para a guerra presos condenados pela Justiça.
O que aconteceu
Zelensky assinou a lei, mas ainda não se pronunciou. A tática de utilizar presidiários na guerra é a mesma usada por Putin desde o início do conflito.
A decisão se deve ao avanço Russo na guerra. A Rússia avançou sobre o leste e norte ucranianos e se aproxima de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.
Zelensky assinou outra lei polêmica no mesmo dia. A norma manda aplicar multas a quem não responder a convocações das Forças Armadas.
A Ucrânia espera uma ofensiva russa maior nas próximas semanas. A Rússia está se aproveitando da falta de ajuda do Ocidente aos rivais, que estão em menor número em infantaria, tem menos blindados e munições.
Putin, porém, disse ontem que não pretende tomar Kharkiv. Embora seja um centro industrial e tenha se tornado um símbolo da resistência na guerra, o presidente russo disse que sua intenção é apenas cercar a região.
Trégua nas Olimpíadas?
Em visita à China, Putin afirmou que discutiu a trégua com o presidente chinês, Xi Jinping. A pressão para que ele pare a guerra nas Olimpíadas da França, em julho, é grande. O pedido surgiu primeiro do presidente francês, Emmanuel Macron.
Ele ouviu o mesmo pedido de Xi Jinping durante a visita à China. O encontro do russo com o líder chinês ocorreu dias depois de Antony Blinking, secretário americano de Estado, visitar a China e pedir o mesmo a Xi Jinping.
A China prometeu não fornecer armas à Rússia. Pequim, no entanto, tem ajudado Moscou com inteligência via satélite, chips e equipamentos, acusaram os Estados Unidos.
A Rússia se tornou o primeiro fornecedor de gás da China e vende petróleo ao país. O desfecho do conflito pode depender do aprofundamento da relação entre os dois países, dizem analistas internacionais.
Para pressionar Xi Jinping, o governo americano anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses. Os europeus também lançaram investigações antidumping contra o país asiático. Analistas apontam que o presidente chines adotou uma estratégia de equilíbrio, tentando se alinhar à Rússia e estabilizar os laços com o ocidente para retomar o vigor da economia chinesa, em desaceleração.
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