Na Espanha, González afirma que luta pela democracia continua

Na Espanha, González afirma que luta pela democracia continua - Opositor venezuelano diz que sua saída da Venezuela "foi cercada por episódios de pressão, coerção e ameaças". "Confio que em breve continuaremos a luta pela liberdade e recuperação da democracia na Venezuela", disse.O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que concorreu na recente eleição presidencial contra Nicolás Maduro, afirmou, ao chegar ao exílio na Espanha, neste domingo (08/09), que continuará "a luta para alcançar a liberdade e a recuperação da democracia na Venezuela", segundo um áudio divulgado pela sua coalizão, a Plataforma Democrática Unida (PUD).

Já a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, também afirmou que vai continuar a luta política no país. "Que isto fique muito claro para todos: Edmundo lutará desde o exterior, junto à nossa diáspora, e eu seguirei lutando aqui, junto a vocês", afirmou Machado.

González decidiu sair da Venezuela porque "sua vida estava em perigo", afirmou Machado, mencionando uma "onda brutal de repressão" após a eleição.

Eleição sob suspeita

González solicitou asilo político à Espanha com o argumento de que estava sofrendo perseguição política e judicial na Venezuela após a eleição presidencial de 28 de julho, cuja vitória oficial foi concedida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a Maduro, resultado posteriormente validado pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ).

Grande parte da comunidade internacional se recusou a aceitar o resultado da eleição sem ver o detalhamento dos votos, o que não aconteceu. O Brasil, assim como a União Europeia, não reconheceu nem a vitória de Maduro nem a de González.

A oposição insiste que González foi o vencedor, uma afirmação apoiada por relatórios eleitorais que ela afirma ter coletado de testemunhas e membros das seções eleitorais no dia da votação e que – segundo a oposição – dão a vitória ao candidato oposicionista por uma ampla margem.

Mandado de prisão

Devido à publicação desses relatórios e à alegação de fraude, González foi acusado de "suposto cometimento" de "usurpação de funções" e "falsificação de documentos públicos", entre outros crimes, pelos quais foi intimado três vezes pela promotoria do regime chavista.

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Não tendo se apresentado, um tribunal chavista emitiu um mandado de prisão para o líder da oposição, que estava havia mais de um mês na embaixada da Holanda, que deixou em 5 de setembro para seguir para a embaixada espanhola, onde permaneceu até sábado, quando deixou a Venezuela.

No áudio divulgado neste domingo, González disse que sua saída da Venezuela, após um pedido de asilo e a concessão de salvo-conduto pelo governo de Maduro, "foi cercada por episódios de pressão, coerção e ameaças".

as (AFP, Efe, Lusa)

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