Sobe para seis número de mortos em suposto atentado terrorista na capital do Afeganistão
Um atentado suicida realizado perto do quartel-general da Otan em Cabul deixou ao menos seis mortos e cinco feridos neste sábado (8), em sua maioria vendedores ambulantes.
O atentado foi realizado um pouco antes das cerimônias oficiais por ocasião do 11o. aniversário da morte do comandante Massud, o herói da resistência antissoviética e posteriormente antitalibã assassinado por camicases da Al-Qaeda em 9 de setembro de 2001.
A explosão aconteceu na Zona Verde, o bairro da maioria das embaixadas, pouco depois de concluído o discurso pronunciado pelo vice-presidente primeiro Mohamad Qasim Fahim ante centenas de dignitários. No local estão embaixadas estrangeiras como a dos EUA, além do quartel-general da missão da Otan no país.
A polícia e as companhias de segurança privadas encarregadas da zona isolaram o perímetro do local do ataque, perto do quartel-general da Isaf, a força militar da Otan, da embaixada da Itália e de um prédio que abriga uma fundação em memória de Massud.
Segundo uma fonte policial, o artefato explosivo utilizado foi levado por um menino de pouca idade, como a maioria dos que circulam pela área na tentativa de vender objetos aos soldados da base.
"Estamos recebendo informação, não sabemos se foi um atentado suicida ou a explosão de uma bomba", disse à Efe o chefe de polícia da capital afegã, Ayub Salangi.
Atentado mirava EUA, diz porta-voz
Em declarações à "Efe", um porta-voz talibã, Zabiulá Mujahid, atribuiu a autoria do ataque a seu movimento insurgente e detalhou que se tratou de uma ação suicida. Mujahid, cujas versões nem sempre foram confirmadas, assegurou que o alvo do atentado era uma sede dos serviços de inteligência dos EUA.
"Um de nossos mujahedins, de nome Abbas, um jovem afegão, atacou um escritório da CIA e matou a cinco importantes membros (desse organismo)", garantiu o porta-voz talibã.
Apesar de contar com maior vigilância que outras cidades, Cabul é um alvo recorrente da insurgência talibã e outros grupos jihadistas pelo impacto simbólico e moral que representa realizar atentados na capital do país.
Os talibãs lutam para derrubar o governo afegão e forçar a saída do Afeganistão das tropas internacionais para voltar a instaurar um regime fundamentalista islâmico como o que houve no país de 1996 a 2001, ano da invasão dos EUA. (com agências)
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