Novos disparos impedem que UNRWA inspecione escola atacada em Gaza
Gaza, 25 jul (EFE).- Um novo ataque impediu nesta sexta-feira a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) de inspecionar a escola bombardeada, aparentemente por Israel, na quinta-feira e na qual morreram 16 pessoas, incluindo três funcionários.
Segundo Chris Gunness, porta-voz da UNRWA na região, a ONU tinha informado previamente ao Exército israelense sobre a missão, a hora, o número e a identidade das pessoas que a realizariam, entre as quais se encontrava um especialista internacional em armamento
"O objetivo da visita ao local era examinar a cena após o incidente. As Forças Armadas de Israel foram notificadas antecipadamente sobre a composição da equipe, a hora e o propósito", explicou.
"A missão teve que ser abortada aos poucos e a equipe se viu obrigada a retornar depois que os enfrentamentos cessarem ao redor do local. A UNRWA lamenta não ter podido cumprir com esta primeira obrigação", acrescentou.
Gunness disse, além disso, que a UNRWA voltará a tentar "quando houver condições" e pediu, de novo, que seja aberta uma investigação.
O Exército israelense anunciou igualmente uma investigação, depois que as testemunhas e os indícios no terreno apontem a responsabilidade para ele.
O ataque aconteceu apenas dois dias depois que a artilharia israelense disparou contra outra escola da ONU -evacuada horas antes- e um dia depois que a Comissão de Direitos Humanos do organismo anunciou uma investigação a Israel por supostos crimes de guerra em Gaza.
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