Urnas incendiadas por criminosos no estado do Maranhão são substituídas

Rio de Janeiro, 5 out (EFE).- Um total de 583 urnas eletrônicas com problemas, entre elas quatro incendiadas por criminosos no estado do Maranhão, foram substituídas nas primeiras três horas de votação das eleições presidenciais, regionais e legislativas deste domingo, informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As urnas substituídas correspondem a 0,12% das 428.894 utilizadas para as eleições deste domingo, segundo o primeiro boletim parcial divulgado pelo TSE.

A maior parte das substituições foram feitas nos estados do Rio de Janeiro, no qual 137 urnas apresentaram defeitos1, do Rio Grande do Sul (84) e de São Paulo (64), de acordo com o boletim.

O incidente mais grave até agora ocorreu no Maranhão, no qual uma organização criminosa incendiou quatro urnas que estavam instaladas em uma seção eleitoral.

O ataque incendiário em uma das salas do Centro de Ensino Cecília Meireles da cidade de São Luís, capital do Maranhão, aconteceu na madrugada deste domingo antes da abertura das seções.

Segundo as autoridades estaduais, um vigia e um bombeiro que estavam no centro educativo não conseguiram deter o grupo que invadiu a escola e ateou fogo às urnas.

Os estados do Maranhão e Santa Catarina receberam nos últimos dias reforços da Força Nacional de Segurança para conter ataques ordenados de dentro das penitenciárias por criminosos que resistem às medidas adotadas para tentar reduzir seu poder no interior das prisões.

Tanto em São Luís como em 26 cidades de Santa Catarina ocorreram nos últimos dias diversos atentados contra o transporte público, principalmente ataques incendiários contra ônibus, carros particulares e dependências policiais.

De acordo com o TSE, após três horas de votação, não foi registrada nenhuma "manifestação grave" em todo o país.

A autoridade eleitoral também informou que um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi incendiado no estado de Santa Catarina na manhã deste domingo em um incidente "sem relação com o processo eleitoral".