Polícia dinamarquesa confirma identidade do autor dos ataques em Copenhague
As autoridades dinamarquesas confirmaram nesta terça-feira (16) que Omar Abdel Hamid al Hussein, um jovem de 22 anos nascido na Dinamarca e de origem palestina, é o autor dos atentados que mataram duas pessoas no último em Copenhague.
"A Polícia de Copenhague pode confirmar agora os rumores publicados na imprensa sobre a identidade do autor", indicou o órgão em comunicado.
Al Hussein realizou um total de 40 disparos, 28 deles no centro cultural de Krudttonden com uma espingarda automática M95. Outros nove diante da sinagoga da capital dinamarquesa e outros três na troca de tiros com os policiais no qual foi abatido na madrugada de domingo, indicou o resultado da investigação.
As provas técnicas e os interrogatórios mostram que ao chegar ao centro cultural, no qual se realizava um debate com o cartunista sueco Lars Vilks - ameaçado por islamitas -, Al Hussein tentou entrar no evento por portas laterais. Depois, se encontrou na rua com o cineasta dinamarquês Finn Norregaard, matando-o com um tiro.
Mais tarde, disparou de fora para dentro do local, ferindo três agentes ligados a Vilks, que vive sob proteção policial.
No atentado à sinagoga horas depois, na qual matou um judeu dinamarquês que fazia guarda e feriu dois agentes, disparou duas vezes uma arma calibre 7,65 e outras sete com uma pistola calibre 9.
Ambas as armas são idênticas às encontradas com ele perto da estação de Norrebro, no norte da cidade, onde Al Hussein foi interceptado pela polícia.
"Com os resultados sobre as armas e os disparos do autor demos passos importantes em nossa investigação", afirmou o inspetor-chefe Jorgen Skov, que acrescentou que a polícia continuará realizando interrogatórios e coletando materiais nos próximos dias.
Em outro comunicado divulgado hoje os serviços de inteligência (PET) assinalaram que mantêm um diálogo "contínuo" com a comunidade judaica dinamarquesa sobre sua situação e as medidas de segurança cabíveis.
"O nível de proteção é estabelecido de acordo com uma análise policial e vai se ajustando segundo o grau de ameaça", informou o PET, que para evitar riscos rejeitou dar detalhes sobre as medidas tomadas.
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