Casais gays promovem beijaço em frente ao Congresso paraguaio
Vários casais homossexuais e ativistas pelos direitos de gays, lésbicas, trans e bissexuais (LGTB) protagonizaram nesta segunda-feira (18) uma nova edição do "Besatón" (Beijaço), um beijo simultâneo na porta do Congresso do Paraguai, como forma de protesto contra a discriminação.
Os ativistas levaram bandeiras com as cores do arco íris, o símbolo internacional da diversidade sexual, e cartazes com mensagens em favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"O casamento é um direito, não um privilégio heterossexual", era o que podia ser lido em um dos cartazes. O ato tinha como objetivo dar visibilidade a um direito que é rejeitado socialmente no Paraguai, disse à Agência Efe Juan Sebastián Cabral, da organização Somosgay.
Segundo ele, os casais do mesmo sexo no Paraguai "não podem mostrar seu afeto em espaços públicos" sem ser vítimas de rejeição ou alvo de piadas.
De acordo com Cabral, tanto homossexuais, quanto trans e bissexuais, sofrem "assédio escolar, familiar e no trabalho por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero".
O Paraguai não possui uma legislação que permita o casamento ou a união civil entre pessoas do mesmo sexo, como em outros países da região como o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Além disso, o governo evitou aderir a uma resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos), votada em junho de 2014 durante uma cúpula em Assunção, que condena a discriminação de pessoas por sua orientação sexual.
Por sua vez, as organizações de pessoas trans do país denunciaram em março à Comissão Interamericana de Direitos Humanos atos impunes de violência contra transexuais no Paraguai que, segundo disseram, custaram à vida de 54 pessoas desde 1989.
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