Ex-funcionários paraguaios de Itaipu aguardarão visita do papa crucificados
Assunção, 30 jun (EFE).- Quatro ex-funcionários da represa de Itaipu e uma mulher, parente de um antigo operário, se crucificaram nesta terça-feira em frente à embaixada do Brasil em Assunção, onde permanecerão até a visita do papa, entre os dias 10 e 12 de julho, em protesto por direitos trabalhistas.
Gerardo Orué, Roque Samudio, Roberto González, Pablo Garcete, ex-funcionários da hidrelétrica compartilhada por Paraguai e Brasil, e Rosa Cáceres permanecem estendidos no chão, onde foram crucificados a cinco cruzes de madeira por seus companheiros.
Todos têm esperanças que seu protesto chegue aos ouvidos do papa Francisco para que "se sensibilize com a situação" e ajude a que as autoridades "deem uma resposta", disse Cáceres à Agência Efe antes de ser crucificada.
Os cinco retomaram assim uma forma de protesto que tinham abandonado ao conseguir um pré-acordo com o governo paraguaio no último dia 29 de janeiro, após passar mais de 50 dias cravados a tábuas de madeira e protagonizar uma manifestação pelo centro de Assunção carregando suas cruzes.
"Pensamos em continuar aqui até que tenhamos uma solução. E se o papa vier, que o papa nos veja", declarou à Efe Carlos González, porta-voz da Coordenadoria de Ex-Trabalhadores de Itaipu.
González assegurou que, como representante deste grêmio, foi convidado a participar da reunião que o papa Francisco terá com membros de diferentes organizações sociais no próximo dia 11 de julho durante sua visita ao Paraguai.
O porta-voz acrescentou que seus companheiros estão inclusive dispostos a carregar suas cruzes até o santuário de Caacupé, a capital mariana do Paraguai, a cerca de 50 quilômetros de Assunção e onde está previsto que o pontífice celebre uma missa para um milhão de pessoas.
Tanto os cinco "crucificados" como seus demais companheiros, em sua maioria "chefes de família e pessoas da terceira idade" se definem como "profundamente católicos", e diariamente se reúnem para rezar sob as barracas que mantêm instaladas em frente à embaixada, explicou González.
Em janeiro deste ano, os ex-operários decidiram abandonar o protesto e levantar o acampamento instalado durante meses em frente à embaixada brasileira após chegar a um pré-acordo com o governo paraguaio, que se comprometeu a reinstaurar "de maneira imediata" uma mesa de diálogo com as autoridades de Itaipu.
No entanto, cinco meses mais tarde voltaram às cruzes devido à "falta de resposta" por parte do governo e dos dirigentes da entidade binacional, segundo disse González.
Os manifestantes exigem que, atendendo a um tratado assinado pelos governos de Brasil e Paraguai em 1974, recebam o mesmo tratamento dado aos trabalhadores do lado brasileiro, entre eles incentivos por produtividade e antiguidade.
Itaipu, que hoje abriga a segunda represa de maior produção do mundo, está encravada no rio Paraná, no limite natural entre Paraguai e Brasil.
Gerardo Orué, Roque Samudio, Roberto González, Pablo Garcete, ex-funcionários da hidrelétrica compartilhada por Paraguai e Brasil, e Rosa Cáceres permanecem estendidos no chão, onde foram crucificados a cinco cruzes de madeira por seus companheiros.
Todos têm esperanças que seu protesto chegue aos ouvidos do papa Francisco para que "se sensibilize com a situação" e ajude a que as autoridades "deem uma resposta", disse Cáceres à Agência Efe antes de ser crucificada.
Os cinco retomaram assim uma forma de protesto que tinham abandonado ao conseguir um pré-acordo com o governo paraguaio no último dia 29 de janeiro, após passar mais de 50 dias cravados a tábuas de madeira e protagonizar uma manifestação pelo centro de Assunção carregando suas cruzes.
"Pensamos em continuar aqui até que tenhamos uma solução. E se o papa vier, que o papa nos veja", declarou à Efe Carlos González, porta-voz da Coordenadoria de Ex-Trabalhadores de Itaipu.
González assegurou que, como representante deste grêmio, foi convidado a participar da reunião que o papa Francisco terá com membros de diferentes organizações sociais no próximo dia 11 de julho durante sua visita ao Paraguai.
O porta-voz acrescentou que seus companheiros estão inclusive dispostos a carregar suas cruzes até o santuário de Caacupé, a capital mariana do Paraguai, a cerca de 50 quilômetros de Assunção e onde está previsto que o pontífice celebre uma missa para um milhão de pessoas.
Tanto os cinco "crucificados" como seus demais companheiros, em sua maioria "chefes de família e pessoas da terceira idade" se definem como "profundamente católicos", e diariamente se reúnem para rezar sob as barracas que mantêm instaladas em frente à embaixada, explicou González.
Em janeiro deste ano, os ex-operários decidiram abandonar o protesto e levantar o acampamento instalado durante meses em frente à embaixada brasileira após chegar a um pré-acordo com o governo paraguaio, que se comprometeu a reinstaurar "de maneira imediata" uma mesa de diálogo com as autoridades de Itaipu.
No entanto, cinco meses mais tarde voltaram às cruzes devido à "falta de resposta" por parte do governo e dos dirigentes da entidade binacional, segundo disse González.
Os manifestantes exigem que, atendendo a um tratado assinado pelos governos de Brasil e Paraguai em 1974, recebam o mesmo tratamento dado aos trabalhadores do lado brasileiro, entre eles incentivos por produtividade e antiguidade.
Itaipu, que hoje abriga a segunda represa de maior produção do mundo, está encravada no rio Paraná, no limite natural entre Paraguai e Brasil.
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