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Nobel de Medicina sai para estudos sobre infecções causadas por parasitas

05/10/2015 07h49

Copenhague, 5 out (EFE).- O irlandês William C. Campbell, o japonês Satoshi Omura e o chinês Youyou Tu ganharam o Prêmio Nobel de Medicina 2015 por seus estudos sobre infecções causadas por parasitas e por seus novos tratamentos contra a malária, anunciou nesta segunda-feira o Instituto Karolinska de Estocolmo.

Segundo informações do comitê dadas durante a divulgação do nome dos premiados, "os três desenvolveram técnicas que revolucionaram o tratamento de algumas das mais devastadoras doenças parasitárias".

Campbell e Omura são os descobridores de um novo medicamento, Avermectin, cujos derivados reduziram de forma drástica a incidência de oncocercose e de filaríase linfática, que demonstraram também ser efetivos contra outras muitas doenças parasitárias.

Youyou Tu, por sua vez, é a descobridora da artemisinina, um medicamento que reduziu também de forma significativa as taxas de mortalidade em pacientes doentes de malária.

Os dois descobrimentos, como destacou o comitê em sua decisão, proporcionaram à humanidade novos e potentes meios para combater graves doenças que afetam centenas de milhões de pessoas a cada ano.

"Seu impacto na melhora da saúde humana e na redução do sofrimento é incomensurável", salientou o júri após lembrar que as doenças causadas por parasitas, que castigaram a humanidade durante milhares de anos, constituem um dos principais problemas de saúde do mundo e afetam especialmente os mais pobres.

Campbell, nascido em 1930 em Ramelton (Irlanda), é pesquisador emérito na Universidade Drew, de Madison, no estado americano de Nova Jersey. Já Omura, nascido em 1935 em Yamanashi (Japão), é desde 2007 catedrático emérito da Universidade Kitasato, de seu país.

Youyou Tu, nascida em Ningbo (China) em 1930, é cientista médica e química farmacêutica, e na atualidade é diretora científica da Academia de Medicina da China.

Os premiados dividirão 8 milhões de coroas suecas (R$ 3.787.200). Em 2014, foram premiados com o Nobel de Medicina o americano John Ou'Keefe e os noruegueses Mai-Britt Moser e Edvard I.