Motoboy suspeito de matar dono de lanchonete alega legítima defesa
O entregador suspeito de causar a morte de Antônio Gregório de Almeida, dono de uma lanchonete em Curitiba se apresentou à delegacia na última quarta-feita (22). A morte aconteceu no último domingo (19).
O que aconteceu
Motoboy alega legítima defesa. No meio da discussão, Antônio teria puxado o colarinho da camisa do funcionário. O entregador empurrou o patrão para se soltar do puxão, de acordo com o relato.
O suspeito diz que Antônio o questionou sobre o troco mesmo após já ter pegado o dinheiro de volta. O motoboy relatou que, ao chegar no estabelecimento, foi confrontado pelo dono da lanchonete. Eles começaram a discutir a respeito da quantia e se desentenderam, confirmando as informações apuradas pela polícia inicialmente.
Investigação aguarda resultado de laudos. A Polícia Civil informou que realizou novas diligências, segue investigando o caso e aguarda laudos periciais que devem ajudar no esclarecimento dos fatos.
O UOL não conseguiu localizar a defesa do suspeito porque o nome dele não foi divulgado. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
Antônio Gregório de Almeida, de 62 anos, morreu após ser empurrado por um motoboy que trabalhava em sua lanchonete e bater a cabeça no chão. O proprietário da lanchonete e o entregador discutiram sobre o que teria sido feito com o troco de R$ 27 da entrega de uma cliente, segundo a delegada Camila Cecconelo.
Câmeras de segurança registraram o início da discussão. Durante a briga, o entregador saiu da calçada, onde acontecia a discussão, e entrou no estabelecimento. O idoso tentou expulsá-lo, gritando para que ele sumisse dali, segundo testemunhas. A discussão ficou mais acalorada e Antônio se aproximou do motoboy, que o empurrou com as duas mãos.
O próprio suspeito tentou socorrer o senhor, mas ele morreu no local. Após a queda, Antônio perdeu a consciência. Outras pessoas chamaram o socorro e se reuniram no local para tentar reanimar o dono da lanchonete. Quando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou, ele já estava morto.
O entregador já foi identificado, mas está foragido. Na noite do ocorrido, equipes das Polícias Militar e Civil foram à casa do suspeito e a outros locais onde ele poderia estar escondido, mas ele não foi localizado.
Antônio e o motoboy já tinham discutido, mas nunca tinham se agredido. O funcionário trabalhava na lanchonete havia aproximadamente quatro anos. Os dois já tinham se desentendido anteriormente, mas nunca tinham partido para a agressão física, informou a delegada.
A lanchonete Esquina Dog lamentou a morte do proprietário. "Com profundo pesar, informamos o falecimento do seu Antônio Gregorio de Almeida, dono desta empresa. Deixou seu legado e muita saudade. Que Deus o receba, descanse em paz", publicou a empresa nas redes sociais.
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