Obama não descarta terrorismo como motivo do tiroteio em San Bernardino
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (3) que é "possível" que o tiroteio que deixou pelo menos 14 mortos e 17 feridos ontem em San Bernardino (Califórnia) estivesse relacionado com o terrorismo, e garantiu que o FBI chegará "até o fundo" do incidente.
"É possível que estivesse relacionado com o terrorismo, mas ainda não sabemos. É possível que estivesse relacionado com o local de trabalho (de um dos autores do tiroteio)", disse Obama em uma declaração à imprensa no Salão Oval da Casa Branca.
O presidente americano declarou que, a partir de agora, o tiroteio é "uma investigação do FBI" (polícia federal americana), que cooperará com as autoridades locais para determinar o motivo do ataque.
"Neste momento não sabemos ainda por que ocorreu este terrível incidente", declarou Obama após ser informado dos últimos detalhes pela procuradora-geral de EUA, Loretta Lynch, e pelo diretor do FBI, James B. Comey.
"Sabemos que os dois indivíduos assassinados (pela polícia) estavam equipados com armas, e parece que tinham acesso a mais armamento em suas casas, mas não sabemos por que fizeram isso, as dimensões de seus planos nem suas motivações", acrescentou.
Os suspeitos foram identificados nesta quarta-feira como Syed Farook, de 28 anos e nacionalidade americana, e sua mulher Tashfeen Malik, de 27 anos e nascida no Paquistão.
Ambos morreram após uma perseguição policial na cidade de Redlands horas depois do tiroteio e no momento de sua morte vestiam roupa de assalto e portavam rifles e pistolas.
Obama ressaltou que ainda é preciso "entender a natureza das relações" de Farook com seus superiores "em seu local de trabalho", um centro de ajuda para incapacitados de San Bernardino, onde aconteceu o tiroteio.
Além disso, é preciso analisar toda a "informação eletrônica e nas redes sociais" que possa fornecer pistas sobre o jovem casal.
"O que posso prometer é que vamos chegar até o fundo disto, que nos manteremos atentos como sempre", e que a prioridade será "conseguir os fatos" e não chegar a conclusões precipitadas, sustentou Obama.
"É possível que leve algum tempo" até determinar os motivos, acrescentou o presidente, que enviou suas condolências às famílias das vítimas falecidas no "trágico" massacre e comentou que reza por uma "rápida recuperação dos feridos".
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