Facebook e Instagram proíbem mensagens para compra e venda de armas
Washington, 29 jan (EFE).- A maior rede social do mundo em número de usuários, o Facebook, anunciou nesta sexta-feira a proibição, tanto em sua plataforma principal como no Instagram, que é de sua propriedade, de mensagens relacionadas com o comércio de armas de fogo entre particulares.
Em comunicado, a chefe de política de produtos do Facebook, Monika Bickert, anunciou que os usuários não poderão utilizar as redes sociais para anunciar e fazer contato com possíveis compradores de armas de fogo.
A proibição afetará somente as transações entre particulares, assim, as empresas autorizadas para isso poderão continuar promovendo seus produtos no Facebook e no Instagram.
"Durante os últimos dois anos, mais e mais gente usou o Facebook para encontrar produtos e para comprar e vender coisas entre individuais", disse Monika.
"Seguimos desenvolvendo, testando e lançando novos produtos para fazer com que esta experiência seja ainda melhor para as pessoas e atualizando nossas políticas de regulação de bens para refletir esta evolução", concluiu a funcionária.
O Facebook já proíbe a venda de maconha, produtos farmacêuticos e drogas ilegais através de suas plataformas.
Apesar de não estarem diretamente envolvidas nas operações, as redes sociais funcionam como um mercado on-line para negociar a compra e a venda de armas de fogo, o que durante os últimos meses fez com que aumentasse a pressão de políticos e ativistas sobre o Facebook em favor desta medida.
Desde o massacre na escola Sandy Hook de Newtown, no estado de Connecticut, em dezembro de 2012, na qual 20 crianças e seis adultos foram assassinados, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vem fazendo uma campanha em favor de uma maior regulamentação do direito constitucional de possuir e portar armas.
Após o atentado de San Bernardino, na Califórnia, no dia 2 de dezembro, no qual dois terroristas atacaram um centro de assistência para pessoas com necessidades especiais, mataram 14 pessoas e feriram mais de 20 com armas adquiridas legalmente nos EUA, Obama redobrou seus esforços para aumentar o controle do comércio de armas de fogo, um tema que voltou ao centro do debate político no país. EFE
arc/rpr
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