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EUA acreditam ter matado número 2 do EI e querem reforçar presença no Iraque

25/03/2016 15h16

(Atualiza com mais informações e declarações).

Washington, 25 mar (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, anunciou nesta sexta-feira que as forças armadas do país acreditam ter matado o número dois do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abd al Rahman Mustafa al Qaduli.

"Estamos eliminando sistematicamente o gabinete do Estado Islâmico. De fato, matamos vários líderes do EI nesta semana e acreditamos que entre eles está Haji Imam, que servia como ministro das Finanças e era responsável por alguns assuntos externos e operações (terroristas)", disse Carter em entrevista coletiva.

Carter se referia a Al Qaduli, conhecido por vários nomes, e o descreveu como um terrorista "bem conhecido", responsável por organizar ações do grupo fora do Iraque e da Síria.

Porém, quando perguntado sobre a morte do integrante da cúpula do EI, Carter admitiu que "líderes podem ser substituídos".

"No entanto, esses líderes comandaram durante um longo tempo. São superiores, experientes", acrescentou.

Carter foi acompanhado na entrevista do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Joseph F. Dunford, que anunciou que ambos consideram que mais militares devem ser enviados para treinar e auxiliar aos soldados e policiais iraquianos em sua luta contra os terroristas.

"O secretário e eu acreditamos que haverá um aumento nas forças americanas no Iraque nas próximas semanas, mas essa decisão ainda não foi tomada", explicou o general.

Os Estados Unidos contam com 3.870 militares no Iraque, um contingente que treinou 17.500 soldados iraquianos e 2.000 policiais, segundo os últimos números oficiais.

O general concordou com Carter que o "impulso" da campanha nas últimas semanas está a favor da coalizão internacional contra o EI, mas advertiu que a luta está longe de concluir.

"De nenhuma maneira diria que estamos perto de partir a coluna vertebral do EI ou que a luta terminou", destacou Dunford.

Ambos não deram detalhes da operação de hoje, que, segundo a imprensa americana, ocorreu na Síria.

Fontes da emissora "CNN", por exemplo, afirmam que o ataque foi realizado por forças especiais americanas que estão no país e que os EUA seguiam os movimentos do terrorista há tempo.

Al Qaduli era um dos quatro líderes do EI considerados como "chave" pelos EUA, que ofereciam até US$ 7 milhões por informações relativas a ele.

O Departamento de Estado o descrevia como "um líder do EI que voltou a se unir ao grupo na Síria após ter saído da prisão no início de 2012".

Al Qaduli entrou na Al Qaeda do Iraque em 2004 e foi o "número dois" do líder da organização, Abu Musab al Zarqawi. Em maio de 2014, foi designado pelo Departamento de Tesouro como terrorista e, portanto, estava sujeito a sanções.