Papa e Biden pedem "compromisso global" para combater doenças raras
Cidade do Vaticano, 29 abr (EFE).- O papa Francisco e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reivindicaram nesta sexta-feira no Vaticano um "compromisso global" na luta contra o câncer e as doenças raras e mais facilidade para acesso aos remédios.
Os dois discursaram na 3ª Congresso Internacional sobre Medicina Regenerativa, que reúne até amanhã na Santa Sé dezenas de especialistas no tema de todo o mundo e de várias religiões.
Perante eles, Francisco ressaltou a importância de impor o que chamou de "a globalização da empatia" em vez da "globalização da indiferença" já que, em sua opinião, os pacientes de doenças raras são frequentemente ignorados por questões comerciais.
"Somos chamados a divulgar o problema das doenças raras em escala mundial, a investir na formação mais adequada, a incrementar os recursos para a pesquisa e a promover a mudança de paradigma econômico para que a pessoa humana seja privilegiada", disse o pontífice.
Francisco destacou a necessidade de aumentar a empatia social com esses doentes, já que muitas vezes "não é dedicada suficiente atenção, porque não se entrevê um consistente retorno econômico aos investimentos feitos" para seus tratamentos.
O papa também abordou a importância de os estudantes da área receberem uma formação humana adequada e fez especial referência à ética.
"A pesquisa, seja em âmbito acadêmico ou industrial, requer uma constante atenção às questões morais para ser instrumento de proteção da vida e da dignidade da pessoa humana", apontou Francisco.
Biden, que fez escala no Vaticano após sua viagem ao Iraque, relatou ao público sua experiência, após ter perdido seu filho Beau, de 46 anos, em maio do ano passado, por causa de um tumor cerebral. O vice-presidente, que superou dois aneurismas nos anos 80, focou seu discurso no câncer, uma doença que qualificou de "desafio global" e de "emergência constante" em seu país, onde diariamente 3 mil pessoas morrerem por causas oncológicas.
"A comunidade internacional deve enfrentar o câncer da mesma forma que enfrenta as doenças contagiosas, compartilhando um maior número de dados e destinando mais investimentos à pesquisa", defendeu.
Biden, católico confesso, entoou uma espécie de "mea culpa" ao reconhecer que nos Estados Unidos "75% dos pacientes oncológicos não têm acesso aos centros mais especializados" e opinou que a saúde "não pode ser só para os privilegiados". No entanto, lembrou sua ambiciosa iniciativa "Cancer Moonshot", dotada de 1 bilhão de euros e com a qual se pretende conseguir mais tratamentos disponíveis para os pacientes e mais capacidade para prevenir o câncer em estágios iniciais.
Ao final da sessão, o papa desceu as escadas do auditório e cumprimentou os presentes com um aperto de mão, entre eles o vice-presidente americano. Biden se encontrou com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e deve se reunir esta tarde com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.
Os dois discursaram na 3ª Congresso Internacional sobre Medicina Regenerativa, que reúne até amanhã na Santa Sé dezenas de especialistas no tema de todo o mundo e de várias religiões.
Perante eles, Francisco ressaltou a importância de impor o que chamou de "a globalização da empatia" em vez da "globalização da indiferença" já que, em sua opinião, os pacientes de doenças raras são frequentemente ignorados por questões comerciais.
"Somos chamados a divulgar o problema das doenças raras em escala mundial, a investir na formação mais adequada, a incrementar os recursos para a pesquisa e a promover a mudança de paradigma econômico para que a pessoa humana seja privilegiada", disse o pontífice.
Francisco destacou a necessidade de aumentar a empatia social com esses doentes, já que muitas vezes "não é dedicada suficiente atenção, porque não se entrevê um consistente retorno econômico aos investimentos feitos" para seus tratamentos.
O papa também abordou a importância de os estudantes da área receberem uma formação humana adequada e fez especial referência à ética.
"A pesquisa, seja em âmbito acadêmico ou industrial, requer uma constante atenção às questões morais para ser instrumento de proteção da vida e da dignidade da pessoa humana", apontou Francisco.
Biden, que fez escala no Vaticano após sua viagem ao Iraque, relatou ao público sua experiência, após ter perdido seu filho Beau, de 46 anos, em maio do ano passado, por causa de um tumor cerebral. O vice-presidente, que superou dois aneurismas nos anos 80, focou seu discurso no câncer, uma doença que qualificou de "desafio global" e de "emergência constante" em seu país, onde diariamente 3 mil pessoas morrerem por causas oncológicas.
"A comunidade internacional deve enfrentar o câncer da mesma forma que enfrenta as doenças contagiosas, compartilhando um maior número de dados e destinando mais investimentos à pesquisa", defendeu.
Biden, católico confesso, entoou uma espécie de "mea culpa" ao reconhecer que nos Estados Unidos "75% dos pacientes oncológicos não têm acesso aos centros mais especializados" e opinou que a saúde "não pode ser só para os privilegiados". No entanto, lembrou sua ambiciosa iniciativa "Cancer Moonshot", dotada de 1 bilhão de euros e com a qual se pretende conseguir mais tratamentos disponíveis para os pacientes e mais capacidade para prevenir o câncer em estágios iniciais.
Ao final da sessão, o papa desceu as escadas do auditório e cumprimentou os presentes com um aperto de mão, entre eles o vice-presidente americano. Biden se encontrou com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e deve se reunir esta tarde com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.
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