Turista que denunciou estupro no Qatar é condenada por sexo fora do casamento
A jovem holandesa detida desde março após denunciar um estupro no Catar foi condenada nesta segunda-feira (13) a um ano de prisão, com pena em suspensão, e ao pagamento de uma multa equivalente a US$ 824 por adultério e consumo de álcool.
A mulher, de 22 anos, chamada Laura, não terá que cumprir a pena de prisão e será deportada à Holanda nos próximos dias, explicou na sede do tribunal a embaixadora holandesa no Catar, Yvette Burghgraef-Van Eechoud, à televisão catariana "Al Jazeera".
O ministro holandês das Relações Exteriores, Bert Koenders, expressou no Twitter sua alegria porque a jovem "poderá retornar em breve para sua casa".
O tribunal condenou Laura por ter feito sexo fora do casamento, o que no Catar é considerado adultério, e por estar bêbada em público, acusações que a jovem negou, segundo os veículos de imprensa do país.
Desde a Embaixada da Holanda em Doha, consultada pela Agência Efe, não quiseram fazer comentários sobre a sentença e indicaram que a família da jovem pediu que o assunto seja tratado com privacidade.
Seu suposto estuprador, identificado como Omar Abdullah al-Hassan, de nacionalidade síria, foi condenado a 100 chicotadas por adultério e a 40 por consumir álcool.
O caso aconteceu em março, quando Laura -de férias no Catar- saiu uma noite e foi ao Crystal Lounge do Doha Hotel, um popular lugar entre os estrangeiros no qual o álcool é permitido.
Segundo o advogado da família da jovem, citado pelos veículos de imprensa holandeses, no dia seguinte ela acordou no apartamento de um desconhecido e pensou que podia ter sido estuprada, por isso que se apresentou perante a polícia para denunciar o fato.
Centenas de pessoas mostraram apoio à jovem nestes dias em uma campanha através da rede social Twitter sob a hashtag #FreeLaura.
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