Papa sempre fala em favor da paz, diz porta-voz após referência a genocídio
Yerevan, 24 jun (EFE).- O papa "sempre fala" em favor da paz, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, depois que Francisco denunciou o "genocídio armênio", um termo que já lhe rendeu uma crise diplomática com a Turquia em 2015.
"O papa sempre fala em favor da paz e da conciliação das pessoas e das culturas", defendeu Lombardi em entrevista coletiva com a qual concluiu a primeira jornada da viagem papal de três dias à Armênia.
Durante um discurso no palácio presidencial em Yerevan, Francisco se referiu ao "genocídio" armênio para denunciar o massacre desta população orquestrado pelas autoridades otomanas em 1915, que resultou na morte a 1,5 milhão de pessoas, segundo estimativas.
Deste modo, o papa reiterou suas palavras proferidas em abril de 2015, quando - parafraseando João Paulo II - definiu este acontecimento como "o primeiro genocídio do século XX", o que suscitou uma crise diplomática com a Turquia, que não aprova o uso deste termo.
"Era natural que o papa Francisco usasse a palavra genocídio em seu discurso de hoje", afirmou o porta-voz que, ao mesmo tempo, lembrou que é um termo frequentemente utilizado pelos armênios, do mesmo modo que os judeus fazem, por exemplo, com a "Shoá" (Holocausto).
Além disso, o papa utilizou este termo polêmico sem que o mesmo figurasse no discurso redigido previamente e Lombardi disse que "o papa é livre" para mudar seus discursos.
O porta-voz também considerou que "em essência, a realidade é muito clara" e que não é possível "negar a realidade".
"O papa sempre fala em favor da paz e da conciliação das pessoas e das culturas", defendeu Lombardi em entrevista coletiva com a qual concluiu a primeira jornada da viagem papal de três dias à Armênia.
Durante um discurso no palácio presidencial em Yerevan, Francisco se referiu ao "genocídio" armênio para denunciar o massacre desta população orquestrado pelas autoridades otomanas em 1915, que resultou na morte a 1,5 milhão de pessoas, segundo estimativas.
Deste modo, o papa reiterou suas palavras proferidas em abril de 2015, quando - parafraseando João Paulo II - definiu este acontecimento como "o primeiro genocídio do século XX", o que suscitou uma crise diplomática com a Turquia, que não aprova o uso deste termo.
"Era natural que o papa Francisco usasse a palavra genocídio em seu discurso de hoje", afirmou o porta-voz que, ao mesmo tempo, lembrou que é um termo frequentemente utilizado pelos armênios, do mesmo modo que os judeus fazem, por exemplo, com a "Shoá" (Holocausto).
Além disso, o papa utilizou este termo polêmico sem que o mesmo figurasse no discurso redigido previamente e Lombardi disse que "o papa é livre" para mudar seus discursos.
O porta-voz também considerou que "em essência, a realidade é muito clara" e que não é possível "negar a realidade".
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