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Baviera exige mais controle a refugiados após ataques recentes

26/07/2016 09h19

Berlim, 26 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Baviera, Horst Seehofer, reivindicou nesta terça-feira após os atentados ocorridos nos últimos dias no estado federado mais controles sobre os refugiados na Alemanha, tanto na entrada no país como depois, e propôs revisar a proibição de não expulsar ninguém a regiões em guerra.

"Devemos saber quem está no país", ressaltou Seehofer, cujo partido é parceiro no governo de coalizão de Angela Merkel, em declarações ao jornal "Süddeutsche Zeitung".

O governo bávaro tinha previsto realizar hoje uma reunião nas margens do lago Tegern centrada no reforço das medidas de segurança após a violência que castigou nos últimos dias o estado, desde o tiroteio no centro comercial de Munique, com nove pessoas assassinadas, até os dois atentados protagonizados por refugiados reivindicados pelo Estado Islâmico.

O ataque de um menor afegão com um machado e uma faca em um trem regional em Würzburg, onde feriu cinco pessoas, e a bomba detonada por um jovem sírio no domingo em Ansbach, com 15 feridos, reabriram na Alemanha o debate sobre a política de segurança e amparo.

"Entre nós vivem muitos refugiados com uma vida dura e devemos ajudá-los. Mas entre eles há infelizmente também gente com um potencial de violência terrível. Isso não é uma lançar uma suspeita generalizada, mas um fato", ressaltou Seehofer depois que o ministro alemão de Interior, Thomas de Maizière, pediu ontem que não sejam misturados o debate de segurança e dos refugiados.

O primeiro-ministro da Baviera, que criticou há meses a política de asilo da chanceler, avançou em declarações ao "Münchner Merkur" que, segundo sua opinião, será também necessário revisar a proibição geral que existe agora de devolver estrangeiros sem direito a asilo a regiões em guerra se estes comenterem atos delitivos no país ou supuserem um perigo.

Segundo Armin Schuster, um dos responsáveis de Interior da União Democrata-Cristã (CDU) que é liderada por Merkel, "alguns têm a impressão que podem permitir tudo porque não entendem que o estado responde de forma tão suave perante as violações da lei".