EUA defendem política migratória com Cuba apesar de pressão da América Latina
Washington, 30 ago (EFE).- Os Estados Unidos se mantiveram firmes nesta terça-feira na defesa de suas políticas migratórias em relação a Cuba, apesar do pedido de nove governos da América Latina de revisar essas medidas e tentar assim solucionar a crise dos migrantes cubanos.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, confirmou hoje que recebeu a carta enviada ontem ao chefe da diplomacia americana, John Kerry, pelos chanceleres de Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá e Peru.
"Obviamente, estamos preocupados pela segurança de todos os migrantes na região, inclusive os que tentam ir ao norte através do sul e do centro da América e do México", disse Kirby em sua entrevista coletiva diária.
"A migração ilegal frequentemente implica em viagens perigosas que ilustram os riscos inerentes e as incertezas de colaborar com o crime organizado, incluindo os traficantes de pessoas, na tentativa de chegar aos Estados Unidos", acrescentou.
Embora os Estados Unidos "sigam encorajando todos os países a respeitar os direitos humanos dos migrantes" e pretendam continuar falando sobre o tema "com governos da região", não têm nenhum plano de mudar suas políticas migratórias, segundo Kirby.
"A Lei de Ajuste Cubano segue de pé e a política de 'pés secos/pés molhados' continua sendo a política americana no relativo à migração cubana", destacou o porta-voz.
A Lei de Ajuste Cubano, vigente desde 1966, e a política de "pés secos/pés molhados" privilegiam os cubanos que tocam território americano, que podem pedir a residência permanente um ano depois; enquanto os interceptados no mar são devolvidos à ilha.
Vários governos latino-americanos se queixaram que os privilégios gerados por esse marco legal americano para os cubanos lhes estimulam a emigrar rumo aos EUA passando pelo sul e o centro do continente, algo que se intensificou com o restabelecimento de relações entre Washington e Havana.
Em sua carta a Kerry, os chanceleres indicaram que as duas medidas americanas representam "um estímulo ao fluxo desordenado, irregular e inseguro de cidadãos cubanos" em direção aos Estados Unidos.
A crise no continente começou em novembro do ano passado com a decisão do governo nicaraguense de fechar sua fronteira, o que fez com que cerca de 8.000 migrantes, em sua maioria cubanos, fossem se amontoando na Costa Rica e no Panamá.
Ambos países tiveram que estabelecer com o México uma operação especial de transferência em voos diretos a distintas cidades mexicanas, mas o fluxo de migrantes não cessou e ambos países decidiram fechar suas fronteiras e impedir a passagem dos imigrantes ilegais; a Costa Rica em dezembro e o Panamá em maio.
O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, abordou o mesmo tema durante uma reunião na semana passada com o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, mas considerou improvável que houvesse mudanças nessas políticas em um futuro próximo.
"As mudanças na lei requereriam ações do Congresso e entendo que não é provável que isto ocorra em um ano eleitoral" nos EUA, que realizarão pleitos presidenciais em novembro, afirmou Solís em uma conferência no centro de estudos Wilson Center.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, confirmou hoje que recebeu a carta enviada ontem ao chefe da diplomacia americana, John Kerry, pelos chanceleres de Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá e Peru.
"Obviamente, estamos preocupados pela segurança de todos os migrantes na região, inclusive os que tentam ir ao norte através do sul e do centro da América e do México", disse Kirby em sua entrevista coletiva diária.
"A migração ilegal frequentemente implica em viagens perigosas que ilustram os riscos inerentes e as incertezas de colaborar com o crime organizado, incluindo os traficantes de pessoas, na tentativa de chegar aos Estados Unidos", acrescentou.
Embora os Estados Unidos "sigam encorajando todos os países a respeitar os direitos humanos dos migrantes" e pretendam continuar falando sobre o tema "com governos da região", não têm nenhum plano de mudar suas políticas migratórias, segundo Kirby.
"A Lei de Ajuste Cubano segue de pé e a política de 'pés secos/pés molhados' continua sendo a política americana no relativo à migração cubana", destacou o porta-voz.
A Lei de Ajuste Cubano, vigente desde 1966, e a política de "pés secos/pés molhados" privilegiam os cubanos que tocam território americano, que podem pedir a residência permanente um ano depois; enquanto os interceptados no mar são devolvidos à ilha.
Vários governos latino-americanos se queixaram que os privilégios gerados por esse marco legal americano para os cubanos lhes estimulam a emigrar rumo aos EUA passando pelo sul e o centro do continente, algo que se intensificou com o restabelecimento de relações entre Washington e Havana.
Em sua carta a Kerry, os chanceleres indicaram que as duas medidas americanas representam "um estímulo ao fluxo desordenado, irregular e inseguro de cidadãos cubanos" em direção aos Estados Unidos.
A crise no continente começou em novembro do ano passado com a decisão do governo nicaraguense de fechar sua fronteira, o que fez com que cerca de 8.000 migrantes, em sua maioria cubanos, fossem se amontoando na Costa Rica e no Panamá.
Ambos países tiveram que estabelecer com o México uma operação especial de transferência em voos diretos a distintas cidades mexicanas, mas o fluxo de migrantes não cessou e ambos países decidiram fechar suas fronteiras e impedir a passagem dos imigrantes ilegais; a Costa Rica em dezembro e o Panamá em maio.
O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, abordou o mesmo tema durante uma reunião na semana passada com o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, mas considerou improvável que houvesse mudanças nessas políticas em um futuro próximo.
"As mudanças na lei requereriam ações do Congresso e entendo que não é provável que isto ocorra em um ano eleitoral" nos EUA, que realizarão pleitos presidenciais em novembro, afirmou Solís em uma conferência no centro de estudos Wilson Center.
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