Turquia nega existência de cessar-fogo com curdos no norte da Síria
Ancara, 31 ago (EFE).- A Turquia negou categoricamente nesta quarta-feira que exista um acordo formal de cessar-fogo com as milícias curdas no norte da Síria, como asseguram diferentes responsáveis em Washington, por isso o embaixador americano em Ancara foi chamado para oferecer explicações a respeito.
John Bass, máximo representante dos EUA na Turquia, foi convocado ontem à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo exército e integrantes do governo americano, publicou hoje o jornal "Hürriyet" em seu site.
"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.
O governo turco emitiu essa declaração oficial depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria.
"Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.
O porta-voz ressaltou que a Turquia seguirá no norte da Síria até que todos os "grupos terroristas" tenham se afastado da fronteira turca, "para que deixem de ser uma ameaça para os cidadãos turcos".
Outro nome importante do governo turco, Ömer Çelik, ministro de Assuntos Europeus, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas.
"A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias "Anadolu".
Já o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou hoje que "não importa o que digam (nos EUA). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".
"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que nada mude", disse Yildirim.
A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
No entanto, os militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos EUA contra os jihadistas.
As YPG são o braço armado do PYD, que é considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK.
Segundo o jornal "Hürriyet", o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Aleppo.
Os analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab.
"A grande guerra será a de Al Bab", concluiu hoje em uma análise o "Hürriyet", na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.
Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco.
John Bass, máximo representante dos EUA na Turquia, foi convocado ontem à noite pelo Ministério das Relações Exteriores turco para dar explicações sobre as informações emitidas pelo exército e integrantes do governo americano, publicou hoje o jornal "Hürriyet" em seu site.
"Reiteramos que essas declarações não são aceitáveis sob nenhum ponto de vista e não condizem com uma relação de aliança", explicou em comunicado o porta-voz das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgiç.
O governo turco emitiu essa declaração oficial depois que vários nomes do alto escalão do governo americano pediram nos últimos dias que a Turquia deixasse de combater as milícias curdas na Síria.
"Os alvos da operação Escudo do Eufrates são conhecidos", afirmou Bilgiç.
O porta-voz ressaltou que a Turquia seguirá no norte da Síria até que todos os "grupos terroristas" tenham se afastado da fronteira turca, "para que deixem de ser uma ameaça para os cidadãos turcos".
Outro nome importante do governo turco, Ömer Çelik, ministro de Assuntos Europeus, também rejeitou a ideia de um acordo com as milícias curdas.
"A Turquia é um país independente, um Estado de Direito. Não se pode avaliar como se (a Turquia e o PKK/PYD) fossem iguais e como se houvesse um acordo entre eles", disse o ministro em entrevista à agência de notícias "Anadolu".
Já o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou hoje que "não importa o que digam (nos EUA). Está tudo claro. O Partido de União Democrática (PYD, sigla em curdo) e as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo) são uma extensão da organização terrorista Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK, sigla em curdo)".
"Nossa determinação vai continuar. Estes elementos devem recuar para a margem leste do Eufrates, de onde vieram. Os Estados Unidos fizeram uma promessa sobre isso. Não esperamos que nada mude", disse Yildirim.
A Turquia invadiu há uma semana o norte da Síria, inicialmente com o objetivo de libertar a cidade de Jarabulus do controle do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
No entanto, os militares turcos também atacaram as YPG, que vêm lutando com sucesso e com apoio dos EUA contra os jihadistas.
As YPG são o braço armado do PYD, que é considerado pela Turquia como uma filial síria do PKK.
Segundo o jornal "Hürriyet", o Exército Livre da Síria (ELS), que conta com apoio da Turquia, agora volta suas atenções para conquistar Al Bab, a principal cidade da província de Aleppo.
Os analistas turcos consideram que os jihadistas, que entregaram sem resistência Jarabulus ao ELS, se retiraram para Al Bab.
"A grande guerra será a de Al Bab", concluiu hoje em uma análise o "Hürriyet", na qual acrescentou que as YPG e o ELS estão competindo para ver quem vai chegar primeiro a essa cidade síria.
Os curdos pretendem ampliar o território sob seu controle, enquanto o ELS quer demonstrar que é uma força confiável e que deve ser considerada nos esforços para combater o EI, concluiu o jornal turco.
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