EUA denunciam que houve 158 ataques aéreos contra o leste de Aleppo
(Atualiza com discurso do embaixador russo).
Nações Unidas, 25 set (EFE).- Os Estados Unidos denunciaram neste domingo no Conselho de Segurança da ONU que aviões militares russos e sírios lançaram pelo menos 158 ataques aéreos contra o leste de Aleppo nas últimas 72 horas, em uma ofensiva "sem precedentes".
Essa informação foi apresentada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, em seu discurso na reunião do Conselho de Segurança convocada com urgência para analisar os ataques que essa cidade vem sofrendo nos últimos dias.
Power afirmou que esses ataques causaram pelo menos 139 mortes e centenas de feridos no leste de Aleppo, o mesmo número de vítimas mortais que foi divulgado pouco antes pelo enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
"A Rússia tem o poder de acabar com este sofrimento". "Não haverá paz na Síria se a Rússia continuar com esta guerra", afirmou Power em referência ao apoio militar e político de Moscou ao regime de Bashar al Assad.
A embaixadora americana acrescentou que, segundo os testemunhos recolhidos na região castigada pelos ataques, trata-se de uma ofensiva militar por ar e por terra, "sem precedentes, tanto em quantidade como em qualidade".
Para Power, a ofensiva demonstra "que o regime de Assad só acredita em uma solução militar". "Mas que para ele não importa o que vai restar da Síria após essa solução militar", insistiu a diplomata.
Além disso, Power denunciou que, enquanto EUA e Rússia negociavam em Nova York uma extensão do cessar-fogo que acabou na segunda-feira passada, aviões russos e sírios atacavam três das quatro bases das da Defesa Civil Síria, os chamados 'capacetes brancos', no leste de Aleppo.
Este grupo se encarrega de prestar assistência às vítimas civis dos bombardeios e de fazer buscas entre os escombros para localizar as pessoas que sofreram esses ataques.
Power acusou a Rússia de estar "abusando de seu privilégio" de direito a veto no Conselho de Segurança da ONU para não permitir ações mais firmes contra o regime de Assad pelo "massacre" que este está realizando na Síria.
Além disso, a diplomata lembrou que os Estados Unidos lideram uma coalizão de 77 países para lutar contra os grupos terroristas que operam em território sírio e acrescentou que "o que a Rússia está fazendo não é antiterrorismo, é uma barbárie".
Em um discurso posterior, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que há "muitos grupos rebeldes" no leste de Aleppo, entre eles a Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra, braço síria da Al Qaeda).
"A (Frente) al Nusra é a força principal que se encontra ali (no leste de Aleppo)", afirmou Churkin, que também garantiu que este grupo é responsável pelo "massacres maciço de civis" que tentam deixar a parte oriental da cidade.
"Os civis são um escudo humano para eles", acrescentou o embaixador russo.
Nações Unidas, 25 set (EFE).- Os Estados Unidos denunciaram neste domingo no Conselho de Segurança da ONU que aviões militares russos e sírios lançaram pelo menos 158 ataques aéreos contra o leste de Aleppo nas últimas 72 horas, em uma ofensiva "sem precedentes".
Essa informação foi apresentada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, em seu discurso na reunião do Conselho de Segurança convocada com urgência para analisar os ataques que essa cidade vem sofrendo nos últimos dias.
Power afirmou que esses ataques causaram pelo menos 139 mortes e centenas de feridos no leste de Aleppo, o mesmo número de vítimas mortais que foi divulgado pouco antes pelo enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
"A Rússia tem o poder de acabar com este sofrimento". "Não haverá paz na Síria se a Rússia continuar com esta guerra", afirmou Power em referência ao apoio militar e político de Moscou ao regime de Bashar al Assad.
A embaixadora americana acrescentou que, segundo os testemunhos recolhidos na região castigada pelos ataques, trata-se de uma ofensiva militar por ar e por terra, "sem precedentes, tanto em quantidade como em qualidade".
Para Power, a ofensiva demonstra "que o regime de Assad só acredita em uma solução militar". "Mas que para ele não importa o que vai restar da Síria após essa solução militar", insistiu a diplomata.
Além disso, Power denunciou que, enquanto EUA e Rússia negociavam em Nova York uma extensão do cessar-fogo que acabou na segunda-feira passada, aviões russos e sírios atacavam três das quatro bases das da Defesa Civil Síria, os chamados 'capacetes brancos', no leste de Aleppo.
Este grupo se encarrega de prestar assistência às vítimas civis dos bombardeios e de fazer buscas entre os escombros para localizar as pessoas que sofreram esses ataques.
Power acusou a Rússia de estar "abusando de seu privilégio" de direito a veto no Conselho de Segurança da ONU para não permitir ações mais firmes contra o regime de Assad pelo "massacre" que este está realizando na Síria.
Além disso, a diplomata lembrou que os Estados Unidos lideram uma coalizão de 77 países para lutar contra os grupos terroristas que operam em território sírio e acrescentou que "o que a Rússia está fazendo não é antiterrorismo, é uma barbárie".
Em um discurso posterior, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que há "muitos grupos rebeldes" no leste de Aleppo, entre eles a Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra, braço síria da Al Qaeda).
"A (Frente) al Nusra é a força principal que se encontra ali (no leste de Aleppo)", afirmou Churkin, que também garantiu que este grupo é responsável pelo "massacres maciço de civis" que tentam deixar a parte oriental da cidade.
"Os civis são um escudo humano para eles", acrescentou o embaixador russo.
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