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EUA enviarão mais 600 soldados ao Iraque para ajudar a libertar Mossul

28/09/2016 14h39

Washington, 28 set (EFE).- Os Estados Unidos enviarão mais 600 soldados ao Iraque para ajudar as tropas locais na libertação da cidade de Mossul, a segunda maior do país e que está nas mãos do Estado Islâmico (EI), informou nesta quarta-feira o Pentágono.

O porta-voz do Departamento de Defesa, Peter Cook, afirmou que o novo contingente ajudará a oferecer apoio logístico às forças iraquianas, mas não se envolverá diretamente em combates na cidade.

O envio do novo contingente será formalizado nas próximas semanas, coincidindo com os avanços no terreno das forças armadas iraquianas, dos peshmerga (combatentes) da região do Curdistão e das milícias populares xiitas rumo a Mossul.

Em declarações à Agência Efe, um funcionário do Departamento de Defesa relatou que o aumento de tropas foi acordado em "consulta com o governo do Iraque".

"Os Estados Unidos estão preparados para enviar pessoal adicional para treinar e assistir aos iraquianos enquanto a campanha de Mossul se intensifica", explicou essa mesma fonte.

Na atualidade, os Estados Unidos contam com mais de 4.600 efetivos no Iraque com o objetivo de oferecer apoio com informação de inteligência, assistência, logística e treinamento às tropas iraquianas e peshmerga.

Mossul está há mais de dois anos nas mãos do EI, que tomou a segunda cidade do país em uma ofensiva surpresa que pôs em evidência a inconsistência e o sectarismo do exército iraquiano, que bateu em retirada, permitindo que os jihadistas estendessem seus domínios para além da Síria.

Desde então, os Estados Unidos ofereceram cobertura aérea aos avanços das tropas locais no terreno, mas o EI se mantém forte em Mossul e em outras áreas do norte iraquiano entre a fronteira com a Síria e a região autônoma do Curdistão.

Segundo o Pentágono, o EI está preparando as defesas de Mossul com trincheiras inflamáveis, explosivos, e ninhos de metralhadoras.

O temor dos EUA é que a guerra em terreno urbano se prolongue demais, elevando o número de vítimas civis e privando as forças de avanços rápidos.