Especialista diz que governo Temer representa retrocesso para as mulheres
Montevidéu, 27 out (EFE).- O governo de Michel Temer, que assumiu a presidência do Brasil após o polêmico processo de impeachment de Dilma Rousseff, representa um "retrocesso político, social e econômico muito grande para as mulheres", com um "golpe de Estado" que foi baseado em uma "campanha de violência sexual", afirmou nesta quinta-feira a especialista feminista brasileira Maria Betânia Ávila.
A pesquisadora do Instituto Feminista para a Democracia SOS Corpo disse em entrevista à Agência Efe que a presidente destituída foi vítima de uma agressão "como mulher", algo que fez parte de "toda a violência política do golpe" que ela sofreu.
"Isso é algo que está causando impactos muito fortes na vida cotidiana das mulheres porque resultou no aumento da própria violência (de gênero)", acrescentou a feminista, que participou nesta quinta-feira da 13ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe em Montevidéu, no Uruguai.
Para Maria Ávila, apesar de Temer ter assumido a presidência em 1º de setembro, há quase dois meses, as medidas implementadas por seu governo já provocaram um "retrocesso em termos de direitos, inserção no mercado de trabalho e políticas de qualificação e educação" para as mulheres.
A especialista destacou que Dilma liderava no Brasil um processo de avanço com relação à autonomia e aos direitos das mulheres, que foi interrompido por "uma ruptura democrática" levada a cabo por uma "coalizão" que tem "uma perspectiva neoliberal" e que quer acabar com "muitos direitos", assim como "muito fundamentalista e religiosa".
Nesse sentido, Maria Ávila garantiu que este fato determina uma tendência ao "controle e total interdição dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres" brasileiras, que "relatam que se sentem muito mais ameaçadas hoje".
"Estamos vivendo no Brasil uma situação muito difícil e de retrocesso. A violência contra as mulheres na Internet e nos perfis dos fundamentalistas nas redes sociais é muito mais explícita do que antes", enfatizou a especialista.
No entanto, Maria Ávila garantiu que não perdeu as esperanças de um futuro melhor para seu país, no qual as mulheres possam desfrutar de autonomia e de seus direitos "com plenitude e de maneira democrática".
"Do nosso lado, vamos nos manter na luta e na resistência. Espero que seja curto o caminho rumo ao retorno da democracia", concluiu Maria Ávila.
A pesquisadora do Instituto Feminista para a Democracia SOS Corpo disse em entrevista à Agência Efe que a presidente destituída foi vítima de uma agressão "como mulher", algo que fez parte de "toda a violência política do golpe" que ela sofreu.
"Isso é algo que está causando impactos muito fortes na vida cotidiana das mulheres porque resultou no aumento da própria violência (de gênero)", acrescentou a feminista, que participou nesta quinta-feira da 13ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe em Montevidéu, no Uruguai.
Para Maria Ávila, apesar de Temer ter assumido a presidência em 1º de setembro, há quase dois meses, as medidas implementadas por seu governo já provocaram um "retrocesso em termos de direitos, inserção no mercado de trabalho e políticas de qualificação e educação" para as mulheres.
A especialista destacou que Dilma liderava no Brasil um processo de avanço com relação à autonomia e aos direitos das mulheres, que foi interrompido por "uma ruptura democrática" levada a cabo por uma "coalizão" que tem "uma perspectiva neoliberal" e que quer acabar com "muitos direitos", assim como "muito fundamentalista e religiosa".
Nesse sentido, Maria Ávila garantiu que este fato determina uma tendência ao "controle e total interdição dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres" brasileiras, que "relatam que se sentem muito mais ameaçadas hoje".
"Estamos vivendo no Brasil uma situação muito difícil e de retrocesso. A violência contra as mulheres na Internet e nos perfis dos fundamentalistas nas redes sociais é muito mais explícita do que antes", enfatizou a especialista.
No entanto, Maria Ávila garantiu que não perdeu as esperanças de um futuro melhor para seu país, no qual as mulheres possam desfrutar de autonomia e de seus direitos "com plenitude e de maneira democrática".
"Do nosso lado, vamos nos manter na luta e na resistência. Espero que seja curto o caminho rumo ao retorno da democracia", concluiu Maria Ávila.
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