Prefeito de BH vai ao MP após caça ao tesouro de influencer depredar praça

O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fuad Noman (PSD), afirmou hoje que está acionando o Ministério Público para penalizar os responsáveis pela depredação da Praça do Papa. A destruição ocorreu após um influenciador anunciar uma "caça ao tesouro" no local.

O que aconteceu

Quem encontrasse uma chave escondida na praça ganharia uma moto avaliada em R$ 17.000. O influenciador Lucas Vinicius Reis anunciou, no início da semana, uma "ação" no Instagram para presentear um de seus seguidores com uma moto. O jovem afirmou que escondeu uma chave na Praça do Papa e que daria dicas importantes para ajudar nas buscas.

"Caça ao tesouro" foi adiada e, depois, cancelada. Na manhã desta sexta-feira (10), Lucas informou os seguidores que soube da depredação e estava chateado. Ele disse que iria à Praça do Papa para recolher a chave e colocá-la num lugar mais fácil, para que as pessoas não precisassem destruir o local. Durante a tarde, Lucas cancelou a ação, porque "não deu certo".

Além da depredação, seguidores atrapalharam trabalhadores e mexeram em pertences de pessoas em situação de rua, diz Lucas. O influencer contou que algumas pessoas mandaram mensagem para ele pedindo ajuda, porque estavam sendo abordadas frequentemente e não conseguiam trabalhar em suas barracas.

Prefeito disse que não irá tolerar que o espaço público seja alvo de "atitudes criminosas". Fuad Noman considerou a atitude de Lucas irresponsável e disse que está tomando as medidas judiciais cabíveis. O prefeito publicou fotos de itens depredados durante a ação.

Equipe do influencer já teria consertado os danos. Lucas pediu desculpas pelo ocorrido e assumiu que tinha responsabilidade pelos acontecimentos. Ele alertou os seguidores que já tinha pedido que eles procurassem "com disciplina", sem destruir nada. Lucas tem 256 mil seguidores no Instagram.

Prefeitura de BH repudiou os atos de vandalismo e afirmou que vai entrar com ação judicial contra Lucas. "A Prefeitura esclarece que fará o levantamento de todos os estragos e custos de reparação para cobrar judicialmente o ressarcimento dos gastos. A PBH também fará uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais", diz nota.

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