Importações e luta por recursos prejudicam agricultura na Somália
Roma, 27 out (EFE).- A luta pelos recursos naturais e a importação barata de alimentos são alguns dos fatores que estão prejudicando o setor primário na Somália, país imerso no caos e com cerca de 1 milhão de pessoas passando fome.
Conforme o especialista somali Osman Jeylani, que deu uma palestra hoje na Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as comunidades seguem disputando entre si o controle dos recursos, principalmente no sul onde se concentram as áreas de cultivo.
Segundo ele, nos últimos anos os enfrentamentos entre pastores, que têm muitas armas, e agricultores no país aumentaram e não existe um controle efetivo por parte das autoridades.
Jeylani, que já trabalhou para o governo, também falou da falta medidas de proteção para os agricultores locais, que "não estão motivados para cultivar" perante os preços baixos dos alimentos, em parte causados pela chegada em massa de importações baratas e de má qualidade.
"Não existem serviços públicos, são só empresas privadas", afirmou ele.
Melhores perspectivas apresenta a exportação de gado que, após ficar proibida em 2000 durante nove anos por questões de saúde, cresceu no ano passado 6% com a venda de 5 milhões de animais, sobretudo a países do Golfo Pérsico. No entanto, a instabilidade e a vulnerabilidade da população perante fenômenos extremos, como a seca, puseram 4,7 milhões de pessoas (38% da população da Somália) em situação de insegurança alimentar, dos que cerca de 1 milhão padecem fome crônica.
Muitos deles se viram obrigados a vender seus ativos para sobreviver, enquanto outros tantos se viciaram em qat, uma droga muito popular também em países próximos como o Iêmen, o que impede melhorar a produtividade agrícola e criou sérios problemas socioeconômicos, assegurou Jeylani.
Conforme o especialista somali Osman Jeylani, que deu uma palestra hoje na Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as comunidades seguem disputando entre si o controle dos recursos, principalmente no sul onde se concentram as áreas de cultivo.
Segundo ele, nos últimos anos os enfrentamentos entre pastores, que têm muitas armas, e agricultores no país aumentaram e não existe um controle efetivo por parte das autoridades.
Jeylani, que já trabalhou para o governo, também falou da falta medidas de proteção para os agricultores locais, que "não estão motivados para cultivar" perante os preços baixos dos alimentos, em parte causados pela chegada em massa de importações baratas e de má qualidade.
"Não existem serviços públicos, são só empresas privadas", afirmou ele.
Melhores perspectivas apresenta a exportação de gado que, após ficar proibida em 2000 durante nove anos por questões de saúde, cresceu no ano passado 6% com a venda de 5 milhões de animais, sobretudo a países do Golfo Pérsico. No entanto, a instabilidade e a vulnerabilidade da população perante fenômenos extremos, como a seca, puseram 4,7 milhões de pessoas (38% da população da Somália) em situação de insegurança alimentar, dos que cerca de 1 milhão padecem fome crônica.
Muitos deles se viram obrigados a vender seus ativos para sobreviver, enquanto outros tantos se viciaram em qat, uma droga muito popular também em países próximos como o Iêmen, o que impede melhorar a produtividade agrícola e criou sérios problemas socioeconômicos, assegurou Jeylani.
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