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Uruguai diz que Mercosul não se opõe, "por enquanto", ao TLC com a China

31/10/2016 15h37

Montevidéu, 31 out (EFE).- O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, disse nesta segunda-feira que "pelo menos até agora, ninguém veio dizer não" para as intenções de seu país de concretizar um tratado de livre-comércio (TLC) com a China.

Além disso, Vázquez considerou que as palavras do presidente da Argentina, Mauricio Macri, que manifestou que "preferiria" que a negociação com a China fosse feita com "todos juntos, no âmbito do Mercosul", foram "muito encorajadoras" e não uma negativa, em declarações à imprensa antes de um Conselho de Ministros aberto à população na cidade de Ecilda Paullier, no departamento (província) de San José.

Vázquez anunciou na China em meados de outubro que acordou com as autoridades do país asiático a negociação de um TLC com esse país, que terá como data limite para sua concretização o ano de 2018.

O presidente do Uruguai avaliou que os TLC "geram maior possibilidade de comércio para os produtos uruguaios" o que, por sua vez, abre postos de trabalho para os cidadãos, e concretizou que o acordo com a China "está em processo".

"Nós apresentamos os termos de referência. Agora estamos esperando que a China faça o mesmo", afirmou o presidente uruguaio.

Em relação à possibilidade de aplicar a carta democrática à Venezuela para expulsá-la do Mercosul, Vázquez comentou que seu país assinou uma declaração junto a outros Estados da América Latina pedindo o diálogo e uma solução pacifica para a crescente polarização que existe no país.

Além disso, Vázquez destacou o pedido do papa Francisco para fazer a mediação entre a oposição e o governo venezuelano "como o caminho de encontro para evitar males maiores".

"Nós estamos atrás de uma solução pacífica para as controvérsias e o diálogo é o melhor caminho", concluiu Vázquez.