Ex-presidente da Ucrânia reprova anexação da Crimeia, mas diz entender Putin
Moscou, 25 nov (EFE).- O ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich rompeu nesta sexta-feira seu silêncio para reprovar a anexação da Crimeia por parte da Rússia, mas louvou a atitude do chefe do Kremlin, Vladimir Putin, de oferecer ajuda aos russófonos da península.
"Se acho que foi bom a separação da Crimeia da Ucrânia? Não, considero que é algo ruim", disse Yanukovich em entrevista coletiva na cidade de Rostov do Don, no sul da Rússia, onde se encontra exilado desde sua destituição em fevereiro de 2014 na revolução de Euromaidan.
Ao mesmo tempo, Yanukovich admitiu que "merece respeito" a decisão de Putin de responder ao pedido de ajuda dos crimeanos, que se reintegraram à Rússia no mês seguinte, após um controvertido referendo.
"Os ânimos na Crimeia se radicalizaram após o Euromaidan. A Crimeia começou a buscar ajuda na Rússia. O referendo (de independência) foi resultado da provocação do Euromaidan. A decisão (de se unir à Rússia) não despertou dúvidas", opinou Yanukovich, segundo veículos de imprensa russos.
O ex-presidente ucraniano criticou, por sua vez, as atuais autoridades do país por impedirem hoje seu interrogatório por videoconferência no julgamento que acontece em Kiev contra cinco efetivos antidistúrbios pela morte de 50 opositores no Euromaidan.
Yanukovich ressaltou que os franco-atiradores que mataram os manifestantes durante os distúrbios violentos estavam posicionados em edifícios controlados pela oposição e pediu que também sejam investigadas as mortes de policiais durante a revolta.
Quanto ao conflito no leste da Ucrânia, já que Yanukovich é oriundo de Donetsk, uma das áreas que buscam independência, o ex-presidente defendeu que seja conservada a integridade territorial de seu país.
"Para isso é preciso parar a guerra, deixar de disparar e retirar as tropas (...), declarar uma anistia e conceder uma ampla autonomia", ressaltou Yanukovich.
Em junho, a Rússia se negou pela terceira vez a entregar Yanukovich à Ucrânia, que foi resgatado em fevereiro de 2014 pelas forças de segurança russas, levado num primeiro momento à Crimeia, e depois para solo russo.
A Rússia, que aproveitou o vazio de poder em Kiev para anexar a Crimeia, sustenta que a revolta antigovernamental que acabou com Yanukovich foi, na realidade, um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.
A Procuradoria-Geral da Ucrânia interrogou na semana passada o presidente do país, Petro Poroshenko, que financiou há dois anos os protestos de opositores, assim como o ex-primeiro-ministro Arseni Yatseniuk, um dos líderes de maior destaque do Euromaidan.
"Se acho que foi bom a separação da Crimeia da Ucrânia? Não, considero que é algo ruim", disse Yanukovich em entrevista coletiva na cidade de Rostov do Don, no sul da Rússia, onde se encontra exilado desde sua destituição em fevereiro de 2014 na revolução de Euromaidan.
Ao mesmo tempo, Yanukovich admitiu que "merece respeito" a decisão de Putin de responder ao pedido de ajuda dos crimeanos, que se reintegraram à Rússia no mês seguinte, após um controvertido referendo.
"Os ânimos na Crimeia se radicalizaram após o Euromaidan. A Crimeia começou a buscar ajuda na Rússia. O referendo (de independência) foi resultado da provocação do Euromaidan. A decisão (de se unir à Rússia) não despertou dúvidas", opinou Yanukovich, segundo veículos de imprensa russos.
O ex-presidente ucraniano criticou, por sua vez, as atuais autoridades do país por impedirem hoje seu interrogatório por videoconferência no julgamento que acontece em Kiev contra cinco efetivos antidistúrbios pela morte de 50 opositores no Euromaidan.
Yanukovich ressaltou que os franco-atiradores que mataram os manifestantes durante os distúrbios violentos estavam posicionados em edifícios controlados pela oposição e pediu que também sejam investigadas as mortes de policiais durante a revolta.
Quanto ao conflito no leste da Ucrânia, já que Yanukovich é oriundo de Donetsk, uma das áreas que buscam independência, o ex-presidente defendeu que seja conservada a integridade territorial de seu país.
"Para isso é preciso parar a guerra, deixar de disparar e retirar as tropas (...), declarar uma anistia e conceder uma ampla autonomia", ressaltou Yanukovich.
Em junho, a Rússia se negou pela terceira vez a entregar Yanukovich à Ucrânia, que foi resgatado em fevereiro de 2014 pelas forças de segurança russas, levado num primeiro momento à Crimeia, e depois para solo russo.
A Rússia, que aproveitou o vazio de poder em Kiev para anexar a Crimeia, sustenta que a revolta antigovernamental que acabou com Yanukovich foi, na realidade, um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.
A Procuradoria-Geral da Ucrânia interrogou na semana passada o presidente do país, Petro Poroshenko, que financiou há dois anos os protestos de opositores, assim como o ex-primeiro-ministro Arseni Yatseniuk, um dos líderes de maior destaque do Euromaidan.
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